Foto: Roque de Sá/Agência Senado.
O senador Sergio Moro (foto) afirmou que, apesar de seu partido, o União Brasil, ter indicado três ministros e negociar outros cargos no governo Lula, ele fará oposição ao Planalto.
“As lideranças do União Brasil têm reiteradamente afirmado que o partido é independente e que caberá aos congressistas definirem suas linhas de atuação. Eu, desde o início, me posicionei como oposição racional e democrática. Não acredito nas pautas do PT. Fechamento da economia, fim das privatizações, a tentativa de destruir o regime de metas de inflação, ausência de combate à corrupção. Sou contra tudo isso. A decisão de algumas pessoas integrarem ao governo é delas, não tenho nenhuma relação com isso”, disse o ex-juiz da Lava Jato ao jornal O Globo.
Ainda durante a entrevista, Moro criticou a ofensiva de Lula contra a autonomia do Banco Central. “Essas declarações são lamentáveis. O governo anterior era muito criticado pelo ataque às instituições. E agora estamos vendo novamente ataques às instituições, basicamente à autoridade monetária. O presidente Lula está mais voltado à percepção de que a economia não vai crescer, a picanha que foi prometida não vai ser entregue e busca transferir a responsabilidade à autoridade monetária“, afirmou o parlamentar.
Moro também falou sobre os trabalhos para desarquivar a proposta que permite a prisão em segunda instância. “O projeto foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, na mudança de legislatura, foi arquivado. Vários dos senadores que votaram permanecem em seus mandatos. Isso não significa que vou buscar a votação disso de imediato. Hoje o debate é mais voltado para a causa econômica”, disse o senador eleito pelo Paraná.
Por O Antagonista.
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