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sexta-feira, 12 de abril de 2024

Desvios da BR-304 seguem sem receber tapa-buracos


 Foto: Divulgação

O aumento do fluxo de veículos nas vias estaduais que são rota alternativa ao bloqueio na BR-304 tem gerado preocupação no sentido de que o tráfego elevado aprofunde o estado de deterioração das rodovias. O secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, disse à TRIBUNA DO NORTE na última sexta-feira (5) que esta semana as estradas receberiam a operação tapa-buracos como medida emergencial para amenizar os transtornos. Conforme apurado pela reportagem nessa quinta-feira (11), no entanto, o serviço ainda não começou.

Procurada para comentar o assunto, a Secretaria de Infraestrutura do RN (SIN) disse apenas que “as rodovias alternativas terão os serviços iniciados com a colaboração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)”. O órgão federal também foi procurado, mas não respondeu aos questionamentos feitos. O uso de rodovias estaduais como rota à BR-304 foi anunciado pelo Governo do Estado após a queda da ponte sobre o Riacho do Bom Fim, em razão das chuvas fortes na região de Lajes.

Com o problema, os quilômetros 204 a 206 da BR foram interditados. Conforme anunciado pelo Executivo estadual, as rodovias RN-118, RN-233, RN-401 (Estrada do Óleo) e 408 estão entre os desvios para quem transita entre Natal e Mossoró. “Na RN-118, a operação [tapa-buracos] não começou. Enquanto isso, fica o transtorno. Outro acesso que facilitava era o de Ipanguaçu, mas que também é alvo de reclamação de moradores daquela cidade por causa das condições. Eles alegam que a via está se degradando mais rapidamente com o aumento do fluxo de veículos”, afirma Deone Jerônimo, secretário de Governo de São Rafael.

A RN-118 garante acesso ao município. Já quem mora em Angicos e precisa se deslocar até Natal, por exemplo, também sofre com o desvio, feito pela Estrada do Óleo. As condições precárias da rodovia são alvo de reclamação. A manutenção mínima iria ajudar a aliviar os problemas provocados pela buraqueira. “Mas, infelizmente, a operação tapa-buraco não começou e os transtornos continuam”, informou o prefeito de Angicos, Miguel Pinheiro Neto. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN) divulgou que algumas medidas foram tomadas para evitar danos maiores em algumas estradas usadas como desvio.

Uma das medidas, segundo o órgão, foi o reparo do asfalto e das cabeceiras (as quais sofreram erosão) da ponte Arapuá, na RN-118, em Ipanguaçu. A pasta pontuou que não há mais risco de colapso. O serviço foi concluído no sábado (6). A diretora do DER-RN, Natécia Nunes, informou que concluiu o trabalho de recuperação de uma ponte na RN-408, serviço realizado em parceria com a 3R Petroleum, também no sábado.

A reportagem questionou a SIN sobre a construção de um desvio paralelo às margens da BR-304, bem como a reconstrução da ponte que fica sobre a via, mas não houve retorno. A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou, na semana passada, que a construção do desvio no trecho começou na quarta-feira (3) e deve ser finalizada em 15 dias.

Prejuízos
O debate em torno da situação das estradas do RN também é foco de setores econômicos importantes. A preocupação começa com o aumento do percurso provocado pelo desvio na BR-304. Além de ligar as duas principais cidades do Rio Grande do Norte, a via serve para conectar o transporte de cargas com o Ceará, Paraíba e Pernambuco. Mercadorias dos mais variados gêneros são escoadas pela rodovia.

Com a interdição, o percurso das viagens ficou maior e o tempo para a entrega de produtos, mais longo – em média, duas horas –, conforme projeção do gerente executivo do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do RN (Setcern), José Neto.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do RN (Sindicam/RN), Carlos Barbosa, ressalta que os prejuízos previstos pelo bloqueio na BR-304 podem ser agravados pelas condições das estradas utilizadas como rotas alternativas. “Na Estrada do Óleo, a situação vai piorar com o novo fluxo. Ela não é uma BR, portanto, não está preparada para receber tantos veículos. Então, as condições da pista vão provocar danos aos veículos”, diz.

Tribuna do norte 



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