O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse à CNN que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) poderia usar os seus aviões militares para derrubar mísseis russos disparados contra alvos localizados em seu país sem necessariamente operar no espaço aéreo ucraniano.
A ideia é similar às ações militares adotadas recentemente pelos Estados Unidos, Reino Unido e França para proteger o território de Israel dos até então inéditos ataques iranianos com mais de 300 mísseis e drones.
“A aviação da França, Alemanha, Polônia ou da Grã-Bretanha, não importa o país, poderia usar os seus aviões, decolando a partir do território dos seus próprios países para derrubar mísseis russos”, disse ele.
“Não estou falando em usá-los (os aviões) no nosso espaço aéreo. Se esses aviões decolarem do território dos países vizinhos para abater foguetes que têm como alvo a Ucrânia, então deveríamos deixar que eles o façam”, disse Zelensky durante uma entrevista à CNN Brasil e outros dois veículos de mídia do brasil.
“Eu apenas aplaudirei de pé e ficarei grato por isso. Porque isso significa as mesmas regras para todos os aliados sem padrões duplos. Se recebermos tal proposta, então por que não?”, disse ele.
Zelensky respondia a uma pergunta sobre o suposto uso de dois pesos e duas medidas pelas potências ocidentais para proteger os seus aliados.
A OTAN tem evitado um embate direto com a Rússia, mas tem ajudado militarmente a Ucrânia desde o início da guerra.
Pela lógica proposta por Zelensky, o embate se daria no ar, e fora do espaço aéreo ucraniano.
O presidente da Ucrânia comentou ainda a possibilidade de que militares estrangeiros possam se envolver mais na defesa de seu país.
Ele defendeu que agentes da OTAN poderiam operar em solo ucraniano em missões de treinamento e também de reparo de equipamentos militares.
Segundo o líder ucraniano, as sessões de treinamento para seus militares no exterior e também o envio de equipamento danificado para o estrangeiro apenas aumentam os custos de demora na reposição de tais peças.
Zelensky, no entanto, disse que não há nenhum plano para o combate direto em território ucraniano entre militares da OTAN e os russos.
CNN
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