Foto: Kayo Sousa
Criada para conectar internet veloz e de maior alcance para mais de 230 locais (entre escolas, instituições de ensino e órgãos da rede estadual) a primeira fase do programa Infovia Potiguar recebeu um aporte de R$ 6 milhões para o funcionamento de 406 km de fibra ótica instalados. O programa é dividido em três etapas até 2026 e, ao final, o investimento será de R$ 45,8 milhões do governo federal. A primeira etapa foi inaugurada nesta segunda-feira (8) pelo ministro das comunicações, Juscelino Filho, na Escola do Governo, no Centro Administrativo do Estado.
Nesta fase, foram conectadas as cidades de Ceará-Mirim, João Câmara, Mossoró, Pau dos Ferros e São Gonçalo do Amarante, atendendo 232 escolas públicas estaduais e municipais; 24 hospitais, 41 campi de universidades federais e estaduais, institutos de educação, ciência e tecnologia federais e estaduais, e unidades de pesquisa; além de 175 órgãos estaduais.
As infovias também são conhecidas como “estradas digitais”, que, além de melhor performance da conexão, também oferecem disponibilidade para regiões mais distantes. Elas operam por meio das fibra ótica abastecidas com a eletricidade de postes de energia.
“Esta é uma infovia que vai conectar cerca de 2 mil km de cabos de fibra ótica por todo estado, com mais de 20 municípios, levando banda larga a instituições de ensino, instituições de saúde e, mais do que conectando, levando serviços para essas comunidades, com infraestrutura de telecomunicações”, disse o ministro Juscelino Filho.
A infraestrutura abrange serviços de conectividade nível 2, ou seja, possibilita o uso de redes corporativas com mais velocidade. O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações., Hermano Thecius disse que a rede também vai beneficiar os provedores locais. “Eles vão poder oferecer à população um serviço de melhor qualidade, ou seja, conexões de maior velocidade. Hoje eles têm planos, por exemplo, de 10 mbps (megabits por segundo) e vão poder oferecer planos de 30, 50 e 100 mbps”, afirmou.
O programa conta a participação da iniciativa privada para prover a execução ou gestão de obras e serviços de interesse da população nos setores de telecomunicações, energia e outros. Todas as obras são realizadas pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em conjunto com provedores de internet. As empresas Interjato, Inovanet e MoBWire são provedores, sendo responsáveis pela implantação, financiamento e operação.
“As vezes, a puxação (para a colocação dos postes) da concessionária de energia vai até certo ponto, e isso tem custo. Para que a gente possa realizar o custeio desse processo, isso envolve o setor privado. Vamos concluir obras com o apoio de empresas”, disse o diretor de engenharia e operações da RNP, Eduardo Cezar Grizendi.
A segunda, atualmente em andamento, deve beneficiar aproximadamente 11% da população, o que representa 383 mil potiguares. A terceira etapa cobrirá os 34% restantes da população, representando um contingente de 3,3 milhões de pessoas, que é a atual população do Rio Grande do Norte.
Ao final, os municípios de Angicos, Açu, Ipanguaçu, Apodi, Canguaretama, Caraúbas, Currais Novos, Jucurutu, Lajes, Macaíba, Macau, Nova Cruz, Parelhas, São José do Mipibu e São Paulo do Potengi também terão acesso à rede de alta velocidade por meio de 1,8 mil km de cabos de fibra ótica.
“A infraestrutura tecnológica é fundamental para avançar no projeto de desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social. A primeira fase abrange mais da metade da população do Rio Grande do Norte. E já estamos impulsionando a segunda etapa e cuidando da terceira. O fato concreto é que até 2026 o Rio Grande do Norte estará 100% conectado”, disse a governadora Fátima Bezerra.
No caso das escolas da rede estadual, ela lembrou que todas as 586 já estão conectadas com internet de qualidade e com os instrumentos necessários ao pleno uso dela. Elas estão incluídas no projeto Geração Conectada, que está inserido no Programa Nova Escola Potiguar (PNEP).
Tribuna do Norte
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