“O Nordeste é uma região muito rica em recursos naturais e atrai muitos investimentos, mas pro investidor chegar e fazer seu investimento, ele precisa ter informação, ele precisa ter dados que possa confiar e investir. Então, é fundamental que o estado faça isso, que atualize sempre seus estudos, porque as tecnologias vão evoluindo e isso é muito importante para atrair investimentos”.
Desde 2013, o RN se tornou autossuficiente na produção de energia elétrica. Hoje, o Estado é responsável por exportar parte da força advinda dos ventos potiguares. “Hoje o estado exporta energia para o sistema elétrico Nacional. Nós contribuímos e deixamos de ser a ponta que só consumia e agora nós exportamos muito mais do que consumimos dentro do Estado”, diz Hugo Fonseca, coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC).
Desde os primórdios da produção de energia limpa no Rio Grande do Norte até hoje, o potencial só cresce e o setor se desenvolve cada vez mais. Em 2003, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) foi pioneira no mapeamento de áreas com potencial produtor no estado. De acordo com os estudos que levaram ao novo Atlas, desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), o potencial encontrado hoje equivale ao dobro do que foi projetado há quase 20 anos.
O que vamos ver dobrar também em alguns anos é a capacidade instalada de energia eólica no Estado. Atualmente em 6,8 GW, a expectativa é que passe dos 12 GW em breve. “Hoje o estado do Rio Grande do Norte tem 6,8 GW de potência instalada, certo, mas temos mais, e em um total, nós vamos chegar ao final de 2026 com o total de 12 GW”, diz Hugo Fonseca.
Esse número é reflexo do que já temos instalado hoje no estado somado ao que já está contratado e em processo de instalação. De acordo com dados obtidos pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), o RN tem 5,5 GW de potência outorgada, ou seja, autorizada e que pode já estar em construção ou nos trâmites anteriores às obras. Se levarmos em consideração, além dos empreendimentos em implantação e desenvolvimento, os que estão em fase de licenciamento, a capacidade de produção sobe para 7,2 GW.
A produção eólica atual é alcançada com um total de 2.325 aerogeradores divididos em 226 parques operando em 40 municípios potiguares. Hoje existem outros 150 parques sendo construídos no RN, e são eles que puxarão a produção do estado para cima dos dois dígitos de GW.
A cidade com o maior número de parques instalados atualmente é Serra do Mel, com 39, seguida por Lajes que tem 33. Ao final das obras em andamento hoje, a cidade do Pico do Cabugi assumirá o posto de primeiro lugar. São mais 32 parques em desenvolvimento no município, o que levará ao total de 65 parques, contra 42 de Serra do Mel que está recebendo outros três empreendimentos.
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