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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

De olho em rivais, EUA restringem exportação de chips de IA

 


Foto: Patrick Semansky/AP Photo/picture alliance

Faltando poucos dias para o fim do governo Joe Biden nos Estados Unidos, o país anunciou nesta segunda-feira (13/01) novas regras de exportação para chips de computador usados na inteligência artificial (IA).

A medida é vista como uma tentativa de impedir que países como a ChinaRússiaIrã e a Coreia do Norte tenham acesso à tecnologia avançada.

"Os EUA lideram o mundo na IA agora – tanto no desenvolvimento da IA quanto no design de chips de IA. Manter isso é crucial", afirmou a secretária de comércio Gina Raimondo.

O que muda?

Em 2023, o governo Biden já havia limitado a exportação para Pequim de alguns tipos de chips de IA. Mas as novas regras vão além, ao impor um esquema de autorizações para exportação, reexportação e transferência doméstica, restringir o acesso à tecnologia na maior parte do mundo e instituir cotas.

Centros de dados de IA terão que cumprir requisitos elevados de segurança para obter a autorização para importar chips.

Apenas um grupo de 18 países aliados – que inclui Canadá, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e o Reino Unido, dentre outros – não será afetado pela nova regra, segundo a Casa Branca.

China fala em "violação" de regras internacionais de comércio

O governo chinês reagiu nesta segunda-feira chamando a medida de "flagrante violação" de regras de comércio internacional.

Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês disse que as restrições são mais um "exemplo da generalização do conceito de segurança nacional e do abuso do controle de exportações, uma flagrante violação das regras de comércio internacional e multilateral".

"Antes, empresas americanas do ramo de tecnologia, organizações da indústria e outros expressaram sua insatisfação e preocupação através de uma série de canais [...]. Mas o governo Biden não deu ouvidos às vozes razoáveis da indústria e insistiu em apressar as medidas", afirmou a pasta.

As novas regras, contudo, têm prazo de 120 dias para entrar em vigor, o que significa que elas ainda poderão ser revistas por Donald Trump, que volta à Casa Branca em 20 de janeiro.

ra (AP, AFP, dpa)

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