Foto: Magnus Nascimento
A recém-criada faixa 4 do Minha Casa Minha Vida (MCMV) gerou 190 mil simulações de financiamento no site da Caixa Econômica Federal, com 984 propostas já colocadas em andamento. O novo segmento do programa habitacional entrou em vigor na segunda-feira (05), há uma semana.
“O programa já demonstra a assertividade e aderência da proposta aprovada, considerando o volume de simulações já realizadas”, afirmou o diretor de Habitação da Caixa, Roberto Ceratto, em postagem nas redes sociais.
Ele ponderou que o total de 190 mil simulações informado pode abranger mais de uma simulação por cliente. Ainda assim, o dado é considerado um sinal forte da demanda.
“Com base nesses números expressivos, estamos confiantes no futuro e no potencial de negócios que este programa pode gerar”, acrescentou Ceratto.
A nova faixa é a grande aposta do governo federal para ativar o mercado imobiliário no segmento de classe média, que vinha desacelerando com a elevação dos juros dos financiamentos.
A faixa 4 é destinada às famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, tendo juro nominal de 10% ao ano (patamar abaixo da média de mercado, na faixa de 12% ao ano) e prazo de pagamento de até 420 meses.
Os clientes podem financiar até 80% do valor de imóveis novos em qualquer região do País. Para imóveis usados, a cota é de 60% nas regiões Sul e Sudeste, e de 80% nas demais. O valor máximo de compra e venda é de R$ 500 mil.
Antes, o Minha Casa, Minha Vida atendia apenas a famílias que ganhavam até R$ 8 mil. A Faixa 4 conta com R$ 30 bilhões em recursos do FGTS, da caderneta de poupança, das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Fundo Social do Pré-Sal.
Com a criação da Faixa 4, a pretensão do Ministério das Cidades é financiar cerca de 120 mil novos imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida. A medida ajudará o governo federal a alcançar 3 milhões de unidades habitacionais contratadas até 2026.
No caso do FGTS, o dinheiro aplicado no Minha Casa, Minha Vida vem dos lucros anuais do fundo, obtido por meio de aplicações no mercado financeiro e do retorno de financiamentos. Como o dinheiro vem dos lucros, pessoas sem FGTS poderão comprar imóveis pela Faixa 4, mas pagarão juros maiores que os cotistas.
Tribuna do Norte
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