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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

A Europa quer desenvolver uma ‘muralha antidrones’ contra a Rússia. Como isso vai funcionar?



Foto: LISELOTTE SABROE AFP

BRUXELAS - A União Europeia está trabalhando em um plano para estabelecer o que chama de “barreira contra drones” — um sistema de defesa ao longo da fronteira oriental do bloco destinado a repelir aeronaves não tripuladas da Rússia.

Os detalhes são escassos, pois o esforço ainda está em fase inicial. Dada a onda recente de incursões de drones russos no espaço aéreo europeu, as autoridades têm um incentivo para agir rapidamente.

A ideia está sendo discutida em Copenhague, onde líderes dos 27 países do bloco se reuniram para discutir comércio e defesa.

Aqui está o que sabemos sobre o plano:

omo surgiu a ideia?

Ursula von der Leyen, presidente do braço executivo da União Europeia, apresentou a ideia de uma “vigilância do flanco oriental”, incluindo a barreira contra drones, em seu discurso anual sobre o estado da União no mês passado.

A proposta teve um senso imediato de urgência. Drones russos entraram no espaço aéreo polonês naquele mesmo dia. Mais tarde, em setembro, a Romênia relatou uma incursão de drones russos, e caças russos entraram no espaço aéreo da Estônia.

“Precisamos agir agora — a Europa deve dar uma resposta forte e unida às incursões de drones russos em nossas fronteiras”, disse von der Leyen na terça-feira. “É por isso que vamos propor ações imediatas para criar a barreira de drones.”

O que é uma barreira contra drones e qual seria sua função?

Muitos países já possuem ou estão desenvolvendo tecnologias anti-robôs. O objetivo, neste caso, seria uma proteção conjunta para melhor detectar, rastrear e interceptar drones quando eles invadem o espaço aéreo da União Europeia ou de um de seus aliados próximos.

A barreira não seria uma barreira física, mas sim uma rede coordenada de rastreadores de drones — potencialmente utilizando ferramentas como radares, bloqueadores e sensores acústicos — juntamente com uma melhoria na partilha de informações e dados.

“Temos que manter nossos céus seguros”, disse Mark Rutte, secretário-geral da Otan, que está trabalhando com a União Europeia e seus Estados-membros no projeto, na terça-feira. Ele continuou: “No final das contas, não podemos gastar milhões de euros ou dólares em mísseis para derrubar os drones, que custam apenas alguns milhares de dólares”.

A aparência exata da barreira contra drones e como ela seria financiada ainda estão em debate, assim como o cronograma para sua conclusão. O projeto se basearia na experiência desenvolvida na Ucrânia, que já vem assessorando seus aliados europeus.

Autoridades europeias ainda estão discutindo os detalhes, disse Andrius Kubilius, comissário lituano responsável pela defesa e espaço, após a reunião da semana passada.

Uma “prioridade imediata”, disse Kubilius, é a detecção avançada, “que claramente nos falta em alguns lugares”.

A barreira contra drones faria parte de uma iniciativa mais ampla destinada a melhorar o policiamento da fronteira oriental da União Europeia. Essa iniciativa também poderia incluir a melhoria da segurança marítima e a vigilância espacial em tempo real, o que aumentaria a capacidade do bloco de rastrear movimentos militares.

Estadão 


 

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