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O governo de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira 1º, a sexta morte relacionada à intoxicação por bebidas contaminadas com metanol. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, um óbito foi confirmado e outros cinco seguem em investigação. O balanço atualizado aponta 37 casos, sendo 10 confirmações de intoxicação e 27 em análise. A pasta detalhou os números: 1 morte confirmada por metanol, 5 mortes em investigação, 10 casos de intoxicação confirmados e 27 casos suspeitos.
Também nesta quarta, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária vistoriaram estabelecimentos comerciais. Ao todo, seis locais foram interditados cautelarmente, uma distribuidora teve a inscrição estadual suspensa preventivamente e outras três estão com a suspensão em análise.
Na terça-feira 30, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) instalou um gabinete de crise no Palácio dos Bandeirantes para acompanhar o caso. “É fundamental fazer esse fechamento cautelar de todos os estabelecimentos em que tivemos ocorrência para aprofundar a investigação. A preocupação é garantir a segurança do cidadão. O estabelecimento só vai ser liberado para voltar a funcionar se tivermos certeza que está seguro”, disse.
A Secretaria da Segurança Pública informou que não há indícios de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração. A investigação considera a hipótese de quadrilhas independentes, contaminação indireta, acidente no processo ou uso de metanol para lavagem de garrafas reaproveitadas.
Os trabalhos se concentram em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento. Donos de estabelecimentos já prestaram esclarecimentos.
Na terça, a Secretaria da Saúde emitiu alerta aos profissionais sobre o risco de intoxicação por ingestão de metanol. A substância, altamente tóxica, pode estar presente em bebidas clandestinas ou adulteradas, provocando cegueira permanente e morte.
O comunicado foi feito pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS). Os sintomas surgem entre 6 e 24 horas após a ingestão e incluem sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas, vômitos, confusão mental, taquicardia, visão turva, fotofobia, convulsões e acidose metabólica.
Nos casos graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.
A secretaria orienta que pacientes com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica sejam avaliados imediatamente, com exames laboratoriais e oftalmológicos.
Agora RN
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