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domingo, 7 de dezembro de 2014

Pesca de atum no RN cai 75% nos últimos quatros anos



fonte:novo jornal

A exploração comercial do atum para exportação está em queda livre, no Rio Grande do Norte. Antes um dos principais itens a interferir na balança comercial potiguar, a pesca oceânica do grupo de espécies foi reduzida em 75% nos últimos quatro anos - de quase 2000 toneladas remetidas ao mercado externo, em 2011, para cerca de 500 toneladas, nesse ano (os dados consideram até o mês de outubro). As movimentações financeiras da atividade caíram quase sete milhões de dólares, no período.   Com base em apanhado geral dos dados coletados junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é possível exemplificar a crise pela qual passa o setor. Para tanto, basta observar a situação da principal empresa potiguar atuante na exportação de atum, a Atlântico Tuna.   Conforme apontava o relatório da balança comercial do Estado em 2011, o grupo dirigido pelo empresário Gabriel Calzavara aparecia em 10º lugar entre os conglomerados do RN que mais geravm divisas a partir de exportações, com 10,3 milhões de dólares (-38,8%). Já no balanço parcial de 2014, a Atlântico Tuna sequer os 40 maiores exportadores do Estado.   Nas listas de produtos potiguares campeões em vendas para o mercado externo nos últimos quatro anos - sempre encabeçadas pelo melão fresco, seguido da castanha de caju - a participação das variedades de atum caiu de aproximadamente 3,5% (2011) para 1,8 (2014). As principais espécies exportadas pelo Rio Grande do Norte são  Albacora Bandolim, Albacora de Barbatana Amarela e o Atum Branco.   Calzavara afirma o que problema está "longe de ser o mercado internacional", considerando o panorama de franca expansão no qual se encontra o setor, atualmente. "O ponto crítico é um falha de interpretação das normativas internacionais estabelecidas paa exploração sustentável da pesca oceânica", diz.   O órgão que regula a atividade é a Comissão Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (Iccat, na sigla em inglês). O presidente da Atlântico Tuna explica que a empresa opera em perfeita conformidade com os parametros estabelecidos pela Iccat no último ano de 2011, mas a fiscalização exercida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda leva em consideração as diretrizes anteriores datadas de 2007 e já sem validade, segundo ele.   " A culpa não é do Ibama, que apenas cumpre as diretrizes fixadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A responsabilidade de promover essa atualização junto ao MMA e do Ministério da Pesca - eles é que deveria cuidar para que a atividade pesqueira mantivesse seu desenvolvimento," detalha. Gabriel Calzavara calcula um prejuízo aproximado de R$ 20 milhoes, devido aos entraves burocráticos pela "interpretação erra da lei" que vem prejudicando o trabalho do grupo desde o ano passado. "Sem contar o que deixamos de ganhar", ressalta.    De acordo com o executivo, o setor foi prejudicado justamente no momento em que preparava os próximos passos, com o objetivo de proporcionar um crescimento ainda mais expressivo nas exportações do Rio Grande do Norte.   Para tanto, a Atlântico Tuna vinha investigando pesado em tecnologia e capacitação junto a conglomerados japoneses especialistas na pesca oceânica de profundidade. No primeiro ano de atividades, 2011, o RN exportou 2000 toneladas de atum utilizando 11 embarcações japonesas.No ano seguinte, com redução programada para quatro navios atuneiros e otimização dos processos, foram exportadas 1800 toneladas do pescado.   Esse curto período alçou o RN à posição "capital brasileira do atum", concentrando 80% da pesca de atum nobre em terras (e águas) potiguares. "Nos fomos bloqueados justamente no último ano da fase de transição. O intuito era, a partir de 2015, iniciar as operações exclusivamente com navios brasileiros - o projeto é contar com 20 embarcações e atingir uma produção de 10 mil toneladas de atum já no primeiro ano de operação plena. Para 2016, tinhamos o objetivo de chegar a 35 mil toneladas anuais, uma movimentação que supera os 100 milhões de dólares", desabafa Calzavara.   Após o acionamento do Poder Judiciário para mediar a questão, já existem pareceres favoráveis à causa da Atlântico Tuna, segundo informa o presidente da empresa, mas não há um prazo estipulado para que as operações possam voltar ao normal.    A produção de atum no Rio Grande do Norte é centrada nas variedades nobres do grupo de espécies. Ao contrário de outras regiões, que produzem os produtos beneficiados do pescado - como os enlatados, por exemplo - a Atlântico Tuna investiu na pesca oceânica em altas profundidades, em busca das espécies mais apreciadas especialmente pelo mercado de comida japonesa (Sushi e Sashimi). Segundo Calzavara, o valor de mercado desses exemplares chega a ser duas vezes maior que os convencionais. 





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