fonte: o globo
SÃO PAULO - A queda seguida de explosão de um helicóptero, na manhã deste sábado, em Bertioga, no litoral de São Paulo, matou um dos acionistas da Companhia Müller de Bebidas, que produz a Cachaça 51. Marcelo Müller, de 33 anos, estava com a mulher, Lumara Rocha Passos Müller, de 31 anos, e da filha da casal, Georgia Passos Müller, de 2 anos. Também morreram no acidente a babá, que até o início da noite de ontem não teve o nome revelado, e o piloto da aeronave, Tiago Yamamoto. (VEJA MAIS IMAGENS DO ACIDENTE)
A identificação foi feita porque os bombeiros encontraram documentos no local do acidente. A família havia deixado o condomínio Iporanga, no Guarujá, cidade vizinha, e se dirigia a São Paulo. O helicóptero caiu em uma área de manguezal, perto do km 229 da rodovia Rio-Santos. As causas da queda ainda serão investigadas pela Aeronáutica. O tempo estava bom no momento do acidente.
Marcelo Müller, natural de Ribeirão Preto, no interior paulista, era neto do fundador da Companhia Müller de Bebidas, fabricante da popular cachaça 51, Guilherme Müller. Fundada em 1959, a empresa passa por uma longa crise, desde que os irmão Benedito e Luiz Augusto Müller, pai de Marcelo, passaram a travar um disputa nos tribunais pelo controle da companhia. No início do ano, a Müller gastou R$ 40 milhões para repaginar a marca 51, uma das mais caras campanhas de marketing da história da empresa.
Lumara era diretora em uma empresa que produz programas de televisão sobre saúde e bem-estar para serem exibidos em salas de espera de consultórios médicos e laboratórios.O helicóptero, modelo Esquilo fabricado no Brasil pela Helibrás, havia decolado por volta das 10h. Minutos depois, testemunhas relataram que viram a aeronave em baixa altitude. Depois, ouviram uma explosão e viram a fumaça. Na tarde de ontem, equipes do Centro de Investigações e Prevenções de Acidentes Aéreos (Cenipa) da Aeronáutica, do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e dos bombeiros ainda trabalhavam no local. Os passageiros e o tripulante morreram carbonizados por causa da explosão.
A aeronave de prefixo PT-HNC pertencia à empresa de táxi aéreo Helimarte estava com a revisão em dia. A validade da manutenção só iria expirar em fevereiro de 2015, segundo informações disponíveis no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com o site G1, o casal pegou o helicóptero para levar a filha, que estaria com uma virose, para passar por uma consulta médica em São Paulo. A garota teria contraído a doença em uma viagem aos Estados Unidos. Na manhã de ontem, a menina teria acordado com febre, o que levou os pais a decidirem viajar às pressas. Eles estavam hospedados na casa de amigos no condomínio no Guarujá. Os donos da casa teriam ido passar a virada do ano no exterior. Além do casal, da garota e da babá, também estariam na casal a mãe e a avó de Lumara, que preferirem ficar no litoral e não acompanhar a consulta médica de Georgia.
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