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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Capitais terão resposta sobre o hub da TAM em 15 dias



Fonte: Novo Jornal 

As capitais nordestinas, Natal (RN), Fortaleza (CE) e Recife (PE), que concorrem ao centro de conexões de voos de passageiros e cargas que o grupo Latam deve instalar na região em 2016, esperam um prazo de 15 dias para receberem informações acerca dos resultados apresentados pelas consultorias contratadas para avaliar suas infraestruturas e capacidade de desenvolvimento.    Nesse espaço de tempo, os estados têm mobilizado suas forças políticas para tentar atrair o investimento, estimado em R$ 6 bilhões pela presidente da TAM, Cláudia Sender. Apesar disso, a companhia informar que a decisão será técnica.    “Nossa maior preocupação é com o Ceará, porque eles estão fazendo muita pressão política”, afirmou o secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Ruy Gaspar, que lembrou que o governador do estado vizinho é do mesmo partido da presidente Dilma Rousseff. O secretário afirma que, por enquanto, tanto o governo como o comitê criado para acompanhar a disputa pelo investimento estão em estado de espera por contato da companhia, que deve convocar todos os estados para apresentarem o que foi avaliado. As bancadas federais de cada um também devem participar dos encontros, em agosto.    Apesar de confiar na sua infraestrutura aeroportuária, privatizada e com maior capacidade de expansão, além da produção local do querosene para a aviação – o que facilitaria e tornaria mais barato o abastecimento das aeronaves – como diferenciais que tornariam o estado favorito, o Rio Grande do Norte conta com um tema engasgado: a sua rede portuária.    Somente no primeiro semestre deste ano, o porto de Suape, em Pernambuco, movimentou 10 milhões de toneladas de cargas em importação e exportação. Em 2014, o porto teve um total registrado de 15,2 milhões e a perspectiva de ampliação desse número no ano é de mais de 30%. Em 2014, o porto de Pecém, do concorrente Ceará, movimentou 8,2 milhões de toneladas. Não bastasse isso, o Rio Grande do Norte foi o responsável por quase metade das frutas exportadas (48%) pelo terminal cearense. A estimativa é de que o crescimento do movimento lá também seja de 30% em 2015.   Juntos, entretanto, os portos de Natal e de Areia Branca movimentaram pouco mais de 1 milhão de toneladas em todo o primeiro semestre de 2015, de acordo com a Companhia Docas do estado (Codern). Foram 233.082 toneladas movimentadas no Porto de Natal e outras 864.490 no Terminal Salineiro de Areia Branca. Os números foram comemorados pela companhia, pelo fato de o movimento ter sido ampliado em mais de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.    De acordo com os especialistas o porto seria importante porque os modais aéreo e marítimo têm perfis de cargas diferentes, que podem ser complementares. O professor Carlos Alberto Medeiros, que ministra Logística na UFRN, afirma que mais de 90% do comércio global ocorre por meio de portos. Com custo menor, ele é válido para cargas com menores valores agregados. “Tanto a população como as indústrias se beneficiam com custos mais baixos em produtos ou matérias primas, por exemplo”, explica. Apesar de ter apresentado a estrutura de portos como um dos 15 motivos para a Latam instalar o hub da companhia aqui, o estado ainda está atrás dos concorrentes, neste aspecto, e tenta tocar projetos para ampliar a estrutura. Para Carlos Alberto, a infraestrutura portuária é uma necessidade, mas não conclusiva – o hub poderia vir mesmo sem um porto em Natal.   

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