Fonte: DW
O Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu nesta sexta-feira (06/10) o Comitê Olímpico do Brasil (COB) devido à investigação do seu presidente, Carlos Nuzman, que foi também afastado de todas as suas funções no COI, do qual é membro honorário.
Em comunicado, o COI explicou que o COB não receberá qualquer verba nem está autorizado a exercer os seus direitos em associações olímpicas nacionais enquanto estiver suspenso.
O COI ressalvou que a decisão não afetará a participação de atletas brasileiros em competições internacionais e assegurou que aceitará a inscrição da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 e em todas as outras competições. Bolsas para atletas continuarão sendo pagas.
As sanções são provisórias e serão retiradas quando "questões de governança" forem sanadas, afirmou o COI.
Nuzman, que está sendo investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, foi também afastado das funções que desempenhava na comissão de coordenação dos Jogos Olímpicos de 2020. Ele é acusado de ter intermediado uma compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos 2016.
O dirigente foi detido nesta quinta-feira em sua residência, no Rio de Janeiro, no âmbito da operação designada Unfair Play, uma ramificação da Lava Jato.
Em setembro, as autoridades judiciais pediram o bloqueio de 1 bilhão de reais do patrimônio do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, sócio de Nuzman, por implicação na compra de votos no processo de eleição do Rio de Janeiro para sediar os Jogos.
De acordo com a investigação, o presidente do COB, de 75 anos, integrava "um esquema altamente sofisticado e de âmbito internacional", o que levou as autoridades brasileiras a pedirem a cooperação de outros países, no caso Antígua e Barbuda, França, Estados Unidos e Inglaterra.
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