Aeroporto de Paris prepara exames médicos para vôos da China à medida que o coronavírus se espalha

Fonte: RFI

Na sexta-feira, o ministro da Saúde francês confirmou que três casos de coronavírus foram detectados e que os pacientes estavam sendo monitorados em hospitais de Paris e Bordeaux.

As autoridades de saúde anunciaram no sábado que um serviço de triagem médica seria instalado no aeroporto Roissy Charles de Gaulle, em Paris, para verificar os passageiros que chegavam da China. Os sintomas incluem dificuldades respiratórias e febre.

Enquanto isso, a China colocou em quarentena as cidades e fechou as principais atrações turísticas da Disneylândia até a Cidade Proibida e uma seção da Grande Muralha, enquanto luta para impedir que um vírus mortal do tipo SARS se espalhe ainda mais.

A capital da China, Pequim, suspenderá os ônibus que entram e saem da fronteira da cidade, informou a mídia estatal no sábado.

As medidas drásticas ocorrem quando centenas de milhões de pessoas atravessam o país nos últimos dias para comemorar o feriado do Ano Novo Lunar, que começou oficialmente na sexta-feira e é tipicamente um momento de reuniões e celebrações públicas.

Epicentro de Wuhan no modo de bloqueio

O transporte público foi parado em 18 cidades na província central de Hubei, com estações ferroviárias fechadas, eventos cancelados e teatros, bibliotecas e bares de karaokê fechados em alguns locais.

O epicentro do surto é a capital da província, Wuhan, a maior cidade isolada, onde o governo interrompeu todas as viagens para fora da metrópole do rio Yangtze, com 11 milhões de habitantes.

Os moradores de Wuhan foram orientados a ficar em casa e as autoridades estão restringindo o tráfego de carros na cidade central. Existem poucos vôos disponíveis para a cidade, aprofundando o isolamento.

Novos hospitais sendo construídos

Em Wuhan, as autoridades da cidade tornaram obrigatório o uso de uma máscara em locais públicos.

Também em Wuhan, as autoridades estão correndo para construir dois novos hospitais em apenas algumas semanas, com um número crescente de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

A primeira instalação deverá estar em uso até 3 de fevereiro e terá capacidade para 1.000 leitos, distribuídos em 25.000 metros quadrados, segundo a mídia estatal.

O segundo terá 1.300 camas.

Casos de contaminação detectados até o momento

• Austrália: quatro
• França: três
• Coréia do Sul: dois
• EUA: dois
• Japão: três
• Malásia: três
• Nepal: um
• Cingapura: três
• Taiwan: três
• Tailândia: cinco
• Tailândia: cinco • Vietnã: dois

Depois de mais países notificarem casos, Xi disse em uma reunião de liderança do Partido Comunista sobre a doença que a China estava "confrontada com a grave situação de uma disseminação acelerada do novo coronavírus", mas que o país "definitivamente poderá vencer a batalha". de acordo com a mídia estatal.

Em Hong Kong, onde cinco pessoas testaram positivo para o vírus até agora, a líder da cidade Carrie Lam declarou a situação uma "emergência" e as escolas, atualmente em férias, permanecerão fechadas até 17 de fevereiro.

A Organização Mundial da Saúde na quinta-feira parou de declarar uma emergência global, o que teria levado a uma maior cooperação internacional, incluindo possíveis restrições comerciais e de viagens.