O governo dos EUA divulgou notas oficiais condenando o ataque perpetrado por rebeldes houthis contra instalações de armazenamento de petróleo da empresa Aramco, em Jedá, na Arábia Saudita, na última sexta-feira (25).
“Em um momento em que as partes devem se concentrar na desescalada e em trazer o socorro necessário para aliviar o sofrimento do povo iemenita antes do mês sagrado do Ramadã, os houthis continuam seu comportamento destrutivo e os ataques terroristas imprudentes que atingem a infraestrutura civil”, diz um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, que classificou os saudistas como “nossos parceiros”.
A Casa Branca também se manifestou, citando ainda ataques anteriores e acusando o Irã de armar os houthis. “Os ataques de hoje (25 de março), assim como os ataques contra estações de tratamento de água e infraestrutura de energia em 19 e 20 de março, foram claramente permitidos pelo Irã em violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem a importação de armas para o Iêmen”.
De acordo com a imprensa saudita, o ataque foi realizado com drones e mísseis disparados pelos houthis. O atentado chegou a colocar em risco a realização do Grande Prêmio de Fórmula 1, que acabou por ser realizado normalmente no circuito de Jedá, a cerca de 10 quilômetros do local atingido.
Por que isso importa?
O Iêmen vive uma guerra civil que começou no final de 2014, após o grupo rebelde dos houthis, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.
Desde 2021, os rebeldes têm intensificado os ataques com mísseis e drones contra empresas e órgãos governamentais sauditas, o que levou Washington a incluir o grupo em sua lista de grupos terroristas internacionais. Os houthis rejeitam a proposta saudita de cessar-fogo e exigem a abertura do espaço aéreo e portos do Iêmen.
A crise humanitária reflexo do conflito é uma das mais graves do mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Cerca de dois milhões de civis migraram para cerca de 140 alojamentos improvisados no meio do deserto. O acesso a alimentos e água potável é escasso.
Mais de 13,6 mil moradores já deixaram Marib temendo a onda de violência que pode se instalar na cidade. Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias.
areferencia.com
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