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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Reino Unido pode enviar tropas à Ucrânia se Trump cortar apoio, afirma Boris Johnson


 (Foto: Downing Street/Pippa Fowles)

Johnson não poupou críticas ao possível plano de Trump para a resolução do conflito. Segundo especulações, os assessores do ex-presidente planejam congelar as linhas de frente na Ucrânia, criando uma Zona Desmilitarizada de 1,3 mil quilômetros. Nesse cenário, os Estados Unidos não enviariam tropas para manter a área sob controle e não arcariam com os custos operacionais. Trump, que já manifestou interesse em reduzir o papel dos EUA na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), também sugeriu a possibilidade de retirada da aliança, o que poderia impactar o envio de ajuda militar à Ucrânia.

Embora Trump não tenha divulgado um plano oficial sobre a guerra, ele já se posicionou favorável a um cessar-fogo imediato e afirmou que encerraria o conflito “em 24 horas”. O ex-presidente também criticou o alto custo do apoio militar dos EUA à Ucrânia e sugeriu que interromperia os envios de recursos se fosse reeleito. Sob a administração de Joe Biden, os Estados Unidos comprometeram cerca de US$ 6 bilhões em armas e ajuda militar para apoiar a Ucrânia no combate à Rússia e a outras ameaças na região.

Johnson, por sua vez, enfatizou que a segurança de toda a Europa está em jogo. “Se não ajudarmos a Ucrânia, a ameaça de uma Rússia ressurgente pode se espalhar por várias partes da Europa”, disse ele. E, caso a situação piore, “teremos que pagar para enviar tropas britânicas para ajudar a defender a Ucrânia”, concluiu.

O comentário de Johnson surge em um momento de crescente tensão internacional e incertezas sobre o futuro do apoio ocidental à Ucrânia, com os líderes europeus e norte-americanos avaliando as implicações de uma possível mudança de postura de Trump sobre o conflito.

O ex-primeiro-ministro britânico destacou que o apoio do Reino Unido à Ucrânia é fundamental para proteger outras nações europeias da ameaça russa. Segundo ele, a derrota da Ucrânia aumentaria o risco nas fronteiras europeias. Boris Johnson também criticou a postura de Trump e parte do Partido Republicano em relação à Ucrânia, mencionando que alguns republicanos têm uma “estranha admiração” por Vladimir Putin.


A Referência 

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