OUÇA AQUI! A RÁDIO MELODIA CABUGI, 1º LUGAR EM AUDIÊNCIA NA CIDADE DE LAJES-RN

SOLLS ENERGIA SOLAR

sábado, 30 de novembro de 2024

Temor de descontrole fiscal faz dólar disparar e agrava instabilidade, dizem economistas

 

Notas de dólares em Washington 
REUTERS/Gary Cameron

O dólar encerrou esta sexta-feira (29) em alta de 0,17%, negociado ligeiramente acima da marca histórica de R$ 6.


No mês, a alta observada foi de 3,8% (a divisa encerrou outubro em R$ 5,78). Porém, nota-se como maior parte da tensão se elevou nesta semana: a variação acumulada no período foi de 3,21%.

Na noite de quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em rede nacional um aguardado pacote de contenção de gastos, cuja expectativa do governo é gerar uma economia de R$ 70 bilhões.


Mesmo que uma série de medidas defendidas pelo mercado tenham sido agraciadas – como revisão do cálculo do salário mínimo e de alguns benefícios -, o temor dos investidores foi pautado pelo pacote fiscal, no pré, ao vivo e pós anúncio.


Além de as medidas terem sido apontadas como insuficientes para estabilizar a dívida pública, a avaliação é de que o governo errou ao anunciar a medida de isenção do imposto de renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil em paralelo ao pacote de contenção.


Esta decisão do governo – na avaliação dos agentes do mercado financeiro – é tida como o principal responsável por disparar o nível de incerteza sobre as contas públicas brasileiras e, por consequência, o dólar.


Quanto maior a percepção de descontrole fiscal e de inflação fora da meta – gerada pelo forte aquecimento da economia – os investidores tendem a buscar ativos mais seguros, como é o caso do dólar. Esse movimento, por sua vez, faz com que a divisa americana ganhe força frente ao real.


“O pacote de corte de gastos, parte da proposta do novo regime tributário, está em discussão no Congresso, mas não agradou ao mercado, que demonstrou insatisfação. As negociações entre o ministro da Fazenda e os parlamentares não apresentaram avanços significativos, reforçando a incerteza”, explica Kelly Massaro, presidente-executiva da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam).

De um lado, Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, aponta que o conjunto da obra é o problema.


CNN

Nenhum comentário:

Postar um comentário