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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Carnes e legumes puxam alta da cesta básica em até 3,7% em Natal


  Fotos: Adriano Abreu

Puxado por itens como carne, pescado, proteínas e legumes, a cesta básica em Natal apresentou aumentos variados de 1,92% a 3,70% em dezembro, segundo avaliações de institutos de pesquisa. Os preços médios encontrados foram de R$ 428,62 a R$ 593,97, segundo pesquisas do Procon Natal e da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos do Idema/RN, respectivamente. Considerando a pesquisa do Idema, o valor da cesta básica de alimentou aumentou 4,40% no ano passado. Em janeiro de 2024, a cesta custava R$ 568,89.

Segundo a pesquisa do CES/Idema, dos treze produtos que compõem a cesta básica, dez tiveram variações positivas: Tubérculos (7,40%), Óleo (5,21%), Pão (5,18%), Legumes (4,22%), Arroz (3,98%), Margarina (1,66%), Café (1,65%), Carne de Boi (1,24%), Açúcar (0,49%) e Feijão (0,10%). As variações negativas ocorreram em três produtos restantes: Farinha (-7,60%), Frutas (-3,22%) e Leite (-0,74%).

Na avaliação de Helder Cavalcanti, economista e ex-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), o aumento em dezembro se deve a diversos aspectos, mas em especial a “oferta e procura” relacionados às festas de fim de ano. “As pessoas têm 13º salário, os trabalhos temporários, tudo isso aumenta a procura por alimentos, as pessoas passam a ter mais acesso a dinheiro e isso reflete numa procura maior por produtos. Com aumento da procura, aumenta o preço”, opina.

Ainda segundo Helder Cavalcanti, o aumento no custo da cesta básica reflete a elevação dos preços ao consumidor final, atrelada a outras questões como desvalorização do Real em relação a moedas estrangeiras e instabilidade climática, especialmente em produtos das categorias hortifrúti e mercearia. “A mesa do trabalhador é atingida sempre pelos produtos básicos, que são os agrícolas, que têm um impacto grande do dólar. Esses equipamentos que compõem a produção da cesta básica eles têm o impacto do dólar, que vem subindo. É outro reflexo”, cita.

“Quanto ao impacto para o cidadão: ele precisa estar muito atento ao que isso representa porque a cesta básica é uma base de consumo bem primária, é aquilo que as pessoas realmente precisam para sobreviver, com o feijão, arroz, sal, açúcar. Então a partir do momento em que as pessoas passam a ter uma pequena elevação de renda passa a agregar outros fatores a cesta básica, o que impacta e inflaciona o mercado e o consumo individual das pessoas”, acrescenta Helder Cavalcanti.

A assistente de serviços gerais Nalva Gomes, 47 anos, cita que prefere vir de Extremoz para comprar em Natal uma vez que encontra preços mais acessíveis. “Tem que andar bastante para economizar”, cita, apontando que as carnes são os itens que ela observa como mais caros.

Mesmo pensamento tem a empreendedora Ednalva Cristiano, 36 anos, e seu esposo, Fábio Silva, 44 anos. “Está complicado, vamos fazendo a feira aos poucos. Nós fazemos pesquisa sempre, cada centavo vale”, aponta, dizendo também que as carnes é o que mais chama a atenção na hora de fazer seu carrinho de compras.

Procon: cesta aumentou 4,42% em 12 meses

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, identificou que o mês de dezembro representou o terceiro mês consecutivo de alta nos produtos pesquisados. Em dezembro, o aumento no preço da cesta básica foi de 3,70%, chegando a R$ 428,62, considerando que, no mês anterior, o preço médio era de R$ 412,74. O custo adicional foi de R$ 15,88 para o consumidor.
No acumulado de 12 meses, o aumento na cesta básica foi de 4,42%. Apenas no último trimestre do ano, o acumulado chegou a 5,45%. Em outubro, o preço médio da cesta era de R$ 402,27, passando para R$ 428,62 no final de dezembro, o que representa um acréscimo de R$ 26,35.

O preço da carne bovina aumentou 1,24% no último mês do ano passado. Nalva Gomes vem de Extremoz fazer compras em Natal, Foto: Adriano Abreu

A pesquisa do Procon, por sua vez, é mais ampla e contempla 40 itens da cesta básica, tendo registrado aumento em 26 deles em comparação com o mês de novembro. O estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Procon Natal constatou aumentos em quatro categorias de produtos de um mês para o outro, com as açougue e hortifrúti registraram os maiores percentuais de alta, com 4,69% e 6,18%, respectivamente. Já as categorias de mercearia e higiene/limpeza apresentaram aumentos de 0,41% e 0,85%, respectivamente.

Produtos que contribuíram para o aumento anual incluem, na categoria de Mercearia: arroz (R$ 7,14), pão francês (R$ 13,86), café (R$ 9,74) e óleo de soja (R$ 7,79). Também produtos na categoria de Açougue: carne de primeira (R$ 43,42/kg), pescado (R$ 45,65/kg), queijo coalho (R$ 46,84/kg) e caixa de ovos com 30 unidades (R$ 18,53).

Segundo o Procon Natal, o Núcleo de Pesquisa monitora semanalmente os preços em 26 estabelecimentos comerciais da capital, abrangendo 40 itens divididos em quatro categorias: Mercearia, Açougue, Higiene/Limpeza e Hortifrúti, nos seguintes segmentos: 8 hipermercados, 7 atacarejos e 11 supermercados de bairro. Os dados são coletados em estabelecimentos distribuídos pelas quatro regiões da cidade e divulgados no início do mês subsequente, incluindo o preço médio da cesta básica mais barata e a variação entre os segmentos.

  • Números
    R$ 593,97 foi o preço
     máximo da cesta básica em dezembro em Natal, segundo pesquisa do CES/ Idema

4,40% foi a variação da cesta básica em Natal em 2024

Produtos com variações mais altas em dezembro:

Tubérculos (7,40%)
Óleo (5,21%)
Pão (5,18%)
Legumes (4,22%)
Arroz (3,98%)
Margarina (1,66%)
Café (1,65%) Carne de Boi (1,24%)
Açúcar (0,49%)
Feijão (0,10%)Produtos com variações negativas

Farinha (-7,60%)
Frutas (-3,22%)
Leite(-0,74%)

Fonte: CES/Idema

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