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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Boias são instaladas no mar do RN para medir ventos e potencial de energia eólica


 Foto: Divulgação

A segunda fase do projeto Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore) está em andamento desde outubro de 2024, com o objetivo de desenvolver tecnologia nacional para coleta de dados sobre recurso eólico no ambiente offshore e variáveis associadas. O projeto também busca assegurar que o equipamento atenda aos padrões internacionais para caracterização do potencial eólico.

A iniciativa prevê medições em cinco localidades distintas. Duas unidades já foram instaladas no mar do Rio Grande do Norte, uma no Rio de Janeiro, e outras duas devem ser implantadas ainda em 2025, no Rio Grande do Sul e no Piauí.

Resultado de parceria entre o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), o projeto utiliza equipamentos capazes de registrar velocidade e direção dos ventos, pressão atmosférica, temperatura, umidade relativa do ar, além de variáveis oceanográficas como ondas e correntes marítimas.

Cada unidade da Bravo pesa cerca de 7 toneladas, mede 4 metros de diâmetro e 4 metros de altura, e tem autonomia energética garantida por módulos solares fotovoltaicos.

“Trata-se de um projeto em sua segunda fase, com caráter científico e tecnológico”, afirma o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello. “A Bravo é um desenvolvimento inédito no Brasil, com grande relevância para os estudos sobre energia eólica offshore e variáveis meteoceanográficas”, acrescenta.

A instalação das boias segue a NORMAM 601, norma da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, que define procedimentos para sistemas de aquisição de dados oceânicos (ODAS). O projeto foi reconhecido pelo IBAMA como atividade de pesquisa e desenvolvimento, dispensada de licenciamento ambiental.

Mesmo sem exigência de licenciamento, as equipes realizam ações de diagnóstico socioambiental e reuniões com comunidades costeiras antes da instalação em cada localidade. O objetivo é apresentar o projeto e promover o diálogo sobre a presença dos equipamentos no ambiente marítimo.

No Rio Grande do Norte, uma equipe técnica esteve em Pedra Grande no dia 9 de outubro, reunindo-se com secretarias municipais e moradores das comunidades de Enxu Queimado, Acauã e Praia do Marco. O comissionamento da boia ocorreu em 21 de outubro e, no dia 29, representantes do projeto voltaram ao município para novos encontros com pescadores e representantes das secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura e Pesca.

As ações socioambientais incluem ainda a instalação de boias de atracação próximas às unidades BRAVO, destinadas ao uso dos pescadores locais, com o objetivo de incentivar a convivência harmoniosa entre o projeto e as comunidades costeiras.

AGORA RN 

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