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domingo, 15 de dezembro de 2024

Presentes, viagens e festas injetarão R$ 1,8 bilhão na economia potiguar


 Foto: Adriano Abreu

Marcado pelas comemorações de Natal e Réveillon, o final do ano é o período de maior faturamento para os negócios do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em 2024, de acordo com estudo do Instituto Fecomércio RN, as últimas datas comemorativas do ano devem movimentar aproximadamente R$ 1,81 bilhão no Rio Grande do Norte – R$ 598,6 milhões em compra de presentes; R$ 686,4 milhões com gastos de viagens; e R$ 524,7 milhões graças às confraternizações, entre amigos e colegas de trabalho.


De acordo com pesquisa, itens de vestuário serão os mais procurados pelos consumidores com 55% de intenção. Pensando em presentear principalmente os filhos (40%), cerca de 25% dos entrevistados pelo IFC pretende comprar pelo menos dois itens. Além disso, segundo as pesquisas do Instituto Fecomércio RN, o consumidor potiguar deve gastar uma média de R$ 350 – um crescimento de 4% em comparação ao valor registrado no mesmo período do ano passado.

Capital potiguar concentra um terço do faturamento


Em Natal, os gastos com presentes, viagens e confraternizações deve somar R$ 604,82 milhões. A maior parte das pessoas que vivem na capital pretende comprar em shoppings (56,7%); pagar à vista, em espécie, por pix ou cartão de débito (56,7%); e comemorar em casa (53,7%).


Além disso, cerca de 22,8% dos consumidores natalenses ouvidos pelo Instituto Fecomércio RN pretendem viajar no fim do ano. Vale ressaltar que o valor médio que será gasto nessas viagens cresceu 9,7% desde o ano passado, saltando de R$ 1.245,54 para R$ 1.366,20.

Comércio de rua será o preferido dos mossoroenses


Na capital do Oeste, o período natalino movimentará cerca de R$ 149,86 milhões – um aumento de 5,5% em comparação ao mesmo período de 2023, quando os gastos com presentes, viagens e confraternizações de final de ano injetaram R$ 142,04 milhões na economia de Mossoró.


De acordo com o levantamento do IFC, cerca de 58,3% dos mossoroenses comprará no comércio de rua. A maioria pretende parcelar o pagamento dos presentes, usando cartão de crédito ou boleto (60,1%); e vai comemorar o fim de ano na casa de parentes/amigos (45,8%).


“Estou confiante de que o período natalino será especialmente próspero para os negócios locais. Estimamos que aproximadamente 70% dos natalenses e 60% dos mossoroenses irão às compras, superando os índices observados em outras datas comemorativas. Além disso, nossa expectativa é ainda mais positiva, já que cerca de um em cada quatro consumidores do estado planeja viajar no final deste ano, movimentando ainda mais a economia”, ressaltou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz.


Em todo o País, as compras de Natal vão movimentar R$ 69,75 bilhões em 2024, uma alta de 1,3% em relação ao ano passado, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante dos números, o comércio da capital potiguar está otimista. No Alecrim, de acordo com a Associação dos Empresários do Bairro (Aeba), serão movimentados, em dezembro, R$ 4,5 milhões em vendas, um aumento de 50% em relação aos demais meses do ano (cuja média é de R$ 3 milhões) e de 15% no comparativo com dezembro de 2023. Na Cidade Alta, segundo a Associação Viva o Centro, alguns segmentos terão alta de até 25% nas vendas.


A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal) estima crescimento de até 20% a depender do segmento para o comércio da capital. “O ciclo natalino é, tradicionalmente, o melhor período para os lojistas. Já em novembro, percebemos um aumento significativo no fluxo de pessoas nas lojas e um incremento nas vendas. O crescimento varia conforme o segmento, mas a previsão está entre 10% e 20%. É o momento em que o consumidor está mais disposto a comprar, e isso reflete diretamente no faturamento do comércio local”, afirma José Lucena, presidente da CDL Natal.


Conforme fontes ouvidas pela reportagem, as peças de vestuário são as mais procuradas para quem já está indo ao comércio, seja para antecipar as compras ou apenas pesquisar. A professora aposentada Diolinda Câmara, de 69 anos, já garantiu a roupa que ela e o esposo vão usar no Natal. “Fiz as compras para mim e para o marido, que presenteei. Gastei cerca de R$ 300 para cada um de nós. Os preços estão com uma média boa para aquilo que está dentro das minhas possibilidades”, conta.


Apesar da análise, a aposentada reconhece que está cautelosa em relação ao ano passado. “Costumo presentear mais, porém, ainda não recebi o 13º, por isso, um cuidado maior em 2024. Ano passado, cheguei a comprar uma árvore de Natal e alguns itens de decoração, que decidi reutilizar agora. Para a ceia, vamos nos reunir na casa da minha irmã e cada um leva o próprio prato. Então, também vamos gastar menos nesse aspecto”, relata. Já a empresária Ana Cecília Meneses, de 39 anos, não pretende economizar.


Ela calcula que as compras para o período ficarão na casa dos R$ 10 mil. “Já comprei roupas para mim, mas faltam os presentes para os filhos, sobrinhos e um monte de outras pessoas. Em geral, costumo presentear os adultos com roupa e as crianças com brinquedo, mas deixo essas compras para mais próximo do Natal”, disse.

Movimentação nas lojas já registra alta

Nas lojas, o otimismo é visível diante da aumento no movimento de clientes, que já começou. “Observamos uma alta de 14% no número de atendimentos em relação ao ano passado. Estamos com ótimas expectativas para dezembro, que é um mês muito esperado pelos lojistas e a gente acredita que a partir deste domingo [15], o movimento deverá crescer ainda mais”, afirma Gláucia Morais, gestora de uma loja de moda praia e lingerie.


“Este é um momento em que o cliente se prepara para renovar a gaveta de lingerie e biquínis e também para presentear. De nossa parte, estamos preparados para receber os consumidores da melhor forma”, acrescenta Morais. Brirla Aparecida, vendedora em uma loja de roupas infantis, fala que as peças são muito procuradas neste período por aqueles que desejam presentear os pequenos. “Para as meninas, as preferências são por vestidos vermelhos para o Natal e conjuntos coloridos, já de olho no verão. Para os meninos, macacões e jardineiras são os itens mais procurados”, revela, ao acrescentar a preparação para atender à demanda do período.


“Nossas vendas estão aquecidas. A gente se preparou um mês antes, com vitrines mais coloridas e chamativas de acordo com a temática natalina e loja mais organizada, destacando as peças de coleção do Natal para chamar a atenção dos clientes”, diz a vendedora. De acordo com a CNC, em todo o país, o ramo de hiper e supermercados deverá ser o destaque em termos de movimentação financeira no Natal deste ano, respondendo por 45% (R$ 31,37 bilhões) do volume total.


Em seguida, vem os estabelecimentos especializados na comercialização de itens de vestuário, calçados e acessórios (28,8% do total ou R$ 20,07 bilhões) e pelas lojas especializadas na venda de artigos de usos pessoal e doméstico (11,7% ou R$ 8,16 bilhões). Segundo a CNC, o aquecimento do mercado de trabalho, que registra taxa de desocupação historicamente baixa (6,4% no trimestre encerrado e setembro) e a massa de rendimentos com avanço real de 7% ante o mesmo trimestre de 2023 são os fatores que deverão contribuir para a boa performance do comércio neste Natal.


“Os setores de vestuário, acessórios e supermercados sempre lideram. Além de serem áreas com um grande número de empresas, a diversidade de preços atrai perfis variados de consumidores. Esses segmentos se beneficiam do forte apelo emocional do Natal, que envolve a troca de presentes, celebrações em família e a criação de momentos especiais. Esse cenário reforça a importância de oferecer produtos que conectem o cliente à magia dessa época”, analisa José Lucena, presidente da CDL Natal.

Campanha


Para fomentar o comércio de rua no final do ano, a segunda edição do projeto Brilha Natal – iniciativa do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac RN – está sendo marcada pela realização de campanha promocional e sorteio de prêmios. Até 25 de dezembro, consumidores que fizerem compras a partir de R$ 50,00 (cinquenta reais), nas lojas filiadas aos sindicatos da Federação, à Associação Viva O Centro ou à Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), concorrerão a motos, notebooks, alexas e smart TVs.

TRIBUNA DO NORTE

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