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terça-feira, 2 de setembro de 2025

Relatora da ONU alerta para tortura em guerra entre Rússia e Ucrânia


 Foto: UNHumanRightsCouncil/Reprodução Agência Brasil

Tortura e maus-tratos de prisioneiros fazem parte da estratégia usada na guerra entre Rússia e Ucrânia. A avaliação é da relatora especial das Nações Unidas sobre Tortura e o Tratamento Cruel, Desumano ou Degradante, Alice Jill Edwards, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, no marco dos três anos e meio de início do atual conflito.Relatora da ONU alerta para tortura em guerra entre Rússia e Ucrânia - Agora RNRelatora da ONU alerta para tortura em guerra entre Rússia e Ucrânia - Agora RN

Edwards, que já esteve na Ucrânia após a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, defende que reparações para vítimas e sobreviventes de violações de guerra, dos dois lados do conflito, devem fazer parte das negociações e do acordo de paz final.

Formada em direito, Alice Edwards trabalha para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), sediado em Genebra, na Suíça. O ACNUDH é a principal entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por promover e proteger os direitos humanos globalmente. Ela conversou com a Agência Brasil por e-mail.

A representante da ONU já escreveu diversos artigos com base em relatos obtidos por ex-prisioneiros, parentes e advogados. Na Ucrânia, ela teve acesso a civis e militares que estiveram sob custódia russa, dos quais obteve “testemunhos angustiantes sobre os métodos de tortura supostamente usados ​​contra eles”.

Em um dos documentos divulgados pela ONU após esses encontros, Alice Jill Edwards escreve que uma forma de tortura relatada a ela com frequência foi o uso de cargas elétricas nas orelhas e genitais. Outras formas vão desde abuso verbal e espancamentos até simulações de execuções sob a mira de armas e afogamento.

A representante da ONU também relatou casos de pessoas obrigadas a ficar em posições de estresse, ameaçadas de estupro ou morte e filmadas enquanto eram forçadas a confessar crimes.

Ainda segundo o documento, “cerimônias de humilhação”, durante as quais prisioneiros eram abusados ​​e ridicularizados, pareciam “ser comum”. Os maus-tratos incluíam fome, celas lotadas e insalubres, violência sexual, além de incomunicabilidade com familiares. Muitos entrevistados contaram ter ouvido mulheres gritando e chorando. Um detento teria perdido cerca de 40 quilos como resultado da fome durante meses de detenção. Há casos em que a violência levou à morte.

Agência Brasil buscou contato com as embaixadas da Rússia e da Ucrânia no Brasil, mas não recebeu retorno das representações diplomáticas e está aberta a comentários.

Estratégia de guerra

A conclusão da enviada da ONU de que a tortura faz parte da estratégia de guerra da Rússia foi construída com base “na escala, abrangência geográfica, organização e objetivos da tortura”.

“Concluo que faz parte da estratégia de guerra russa – para extrair informações e inteligência, incutir medo e submissão nas populações ocupadas e punir aqueles que demonstram lealdade ou apoio à Ucrânia”.

Alice Edwards enfatiza que os casos de tortura não se tratam de comportamento isolado ou pontual. “É algo claramente organizado e realizado rotineiramente com finalidades militares específicas”, ressalta.

Sobre o tratamento dispensado pelos ucranianos, a relatora afirma que “há também alegações de tortura e outros maus-tratos por forças ucranianas contra cativos russos, que também devem ser investigadas e cujos responsáveis devem ser processados de maneira justa e imparcial”.

Acesso nos países

Alice Jill Edwards disse à Agência Brasil que o acesso aos prisioneiros e locais de detenção não se deu da mesma forma nos dois países envolvidos na guerra. A abertura encontrada na Ucrânia contrasta com o tratamento recebido no país vizinho. “A Federação Russa recusou meus pedidos de visita a áreas ocupadas pela Rússia ou ao próprio território russo”, afirma.

“Visitei a Ucrânia em setembro de 2023. Tive acesso livre a qualquer local onde pessoas estivessem privadas de liberdade e visitei um campo de prisioneiros de guerra em Lviv, que, na época, abrigava cerca de 300 detidos russos”, descreve. “Encontrei dezenas de vítimas e sobreviventes da tortura russa. Desde então, tive acesso a mais de uma centena de testemunhos de vítimas e sobreviventes ucranianos”, completa.

Direito internacional

A relatora especial do ACNUDH esclarece que o direito internacional, por meio das Convenções de Genebra de 1949, garante tratamento humano e digno durante a detenção, e que prisioneiros de guerra têm um status especial de proteção.

“A proibição internacional da tortura é absoluta em todas as circunstâncias, inclusive em tempos de guerra – não há exceções, imunidades ou prazo de prescrição para processos, e o acusado não pode alegar como defesa que estava apenas seguindo ordens superiores”, frisa.

Edwards reforça que a tortura e outros atos desumanos são crimes de guerra e acrescenta: “Quando parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil, constituem crimes contra a humanidade”.

Tanto Rússia quanto Ucrânia são signatárias das Convenções de Genebra, lembra a representante da ONU. “Por isso, são obrigadas a tratar todos os prisioneiros de guerra de forma humana, em todos os momentos, desde a captura até a libertação e repatriação”, ressalta. “Os prisioneiros devem sempre ser protegidos, em particular contra atos de violência ou intimidação, insultos e exposição pública”.

Caminho para a paz

A duração do conflito é um indicativo de que negociações para a paz entre Rússia e Ucrânia estão travadas. Um dos poucos entendimentos entre as duas nações tem sido a troca de prisioneiros de guerra. Em junho, um acordo envolveu 1,2 mil detentos de cada lado do conflito.

A relatora especial da ONU defende que justiça e reparação para vítimas e sobreviventes de violações de guerra devem fazer parte das negociações e de um acordo final.

“A paz não será restaurada apenas com soluções de segurança e território”, diz.

Alice Edwards faz questão de afirmar que, mesmo depois de um eventual acordo de paz, os casos de violações precisam ser investigados.

“O dever de investigar e processar a tortura recai sobre ambos os países e é uma obrigação sem limite temporal”, aponta. “As vítimas e sobreviventes são muito resilientes e continuarão buscando justiça e verdade mesmo muito tempo depois do fim das hostilidades”, finaliza.

Rússia x Ucrânia 

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022, está relacionada à disputa de influência sobre o Leste Europeu e à busca de Moscou por uma esfera de segurança russa com o fim da União Soviética, em 1991, da qual os dois países faziam parte. Em 2014, a Rússia já havia avançado sobre o território ucraniano e tomado a Crimeia, península estratégica junto ao Mar Negro.

A aproximação da Ucrânia e da Europa Ocidental, com possíveis adesões de Kiev à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foram apontadas pelo governo da Rússia como ameaças potenciais, já que trariam a aliança militar liderada pelos Estados Unidos à sua fronteira imediata.

Com a invasão à Ucrânia, os russos conseguiram ocupar províncias do leste do país, onde há grande influência da cultura e da língua russas. A definição do futuro desses territórios está entre as grandes dificuldades das negociações para o encerramento do conflito: Moscou não planeja devolvê-los, e Kiev reluta em entregá-los e diz que um cessar-fogo é essencial para que haja negociação.

Desde a posse de Donald Trump, os Estados Unidos modificaram sua postura de apoio à Ucrânia e passaram a pressionar o país a considerar um acordo que inclua concessão de territórios. A Europa Ocidental, entretanto, busca garantias de que a Rússia não vai avançar mais no território ucraniano ou contra outros países europeus.

Na semana passada, Trump se reuniu com o Vladimir Putin em uma base militar no Alasca, para tratar do conflito, e recebeu Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca três dias depois. As conversas, entretanto, não conseguiram estabelecer um acordo de cessar-fogo.

Agência Brasil

Inscrições abertas para a Copa Rural 2025 em Lajes


 A Prefeitura de Lajes, por meio da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (SEJET), abriu nesta semana as inscrições para a Copa Rural 2025, uma das competições esportivas mais tradicionais do município.

Os interessados têm até o dia 15 de setembro para garantir a participação de suas equipes. As inscrições devem ser feitas na sede da SEJET, no horário das 8h às 13h, mediante apresentação de um documento oficial com foto.

A Copa Rural é conhecida por mobilizar atletas e torcedores de diversas comunidades da zona rural, promovendo integração, lazer e o fortalecimento do esporte amador.

Segundo a organização, a expectativa é de mais uma edição marcada por grandes jogos, rivalidade saudável e momentos de confraternização.

Fiocruz produz remédio para atrofia muscular espinhal


 Foto: Freepik

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou parceria com as empresas Hypera Pharma e Aurisco Pharmaceutical para o desenvolvimento e a fabricação nacional do medicamento Nusinersena, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal 5q (AME). A assinatura da sociedade ocorre no contexto do Agosto Roxo, mês de conscientização sobre a doença.

A iniciativa faz parte da estratégia do Novo Programa de Aceleração do Crescimento da Saúde, do Ministério da Saúde, “para fortalecer a produção local de medicamentos e biotecnológicos no país, reduzir a dependência externa e ampliar o acesso da população brasileira a terapias de alta complexidade”, diz a Fiocruz. 

A fundação destaca que o remédio vem sendo fornecido no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019, mas que a parceria, além de trazer economia aos cofres públicos, tem o diferencial de incorporar uma plataforma tecnológica inédita no país. 

“A proposta permitirá ao Brasil desenvolver plataforma nacional de produção de oligonucleotídeos, que tem o potencial para ser utilizada também no desenvolvimento de medicamentos para outras doenças”, informa a instituição.

De acordo com o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a transição demográfica impõe a necessidade de ampliar a carteira de produtos direcionada também ao tratamento da AME. A  introdução do medicamento Nusinersena reflete a estratégia.

“A implementação da plataforma, pioneira na América Latina, reforça o papel da Fiocruz como base científica, tecnológica e industrial do SUS, elegendo como prioridade a inovação que garante o acesso da população a produtos pioneiros.”

A diretora de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber ressalta que esse projeto demonstra o compromisso científico e tecnológico de Bio-Manguinhos com a inovação, a sustentabilidade e a ampliação do acesso a tratamentos de ponta. “Nossa colaboração com a Hypera Pharma, Bio-Manguinhos/Fiocruz e o Ministério da Saúde para garantir um medicamento seguro, eficaz e acessível à população brasileira é um momento histórico para nossa empresa”, disse o representante da Aurisco no Brasil, Marco Oliveira.

Tecnologia inovadora

O medicamento Nusinersena é um oligonucleotídeo antisense (ASO), que atua na produção de uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores afetados pela Atrofia Muscular Espinhal 5q (AME). A Bio-Manguinhos/Fiocruz passará a produzir o produto de forma integral no país.

O projeto será executado em fases com monitoramento contínuo desde a submissão do projeto até a verificação da internalização da tecnologia.

“Ao final do processo, Bio-Manguinhos/Fiocruz estará plenamente capacitado para produzir o medicamento em território nacional, com total domínio tecnológico”, informou a Fiocruz.

A fundação destaca que o remédio vem sendo fornecido no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019, mas que a parceria, além de trazer economia aos cofres públicos, tem o diferencial de incorporar uma plataforma tecnológica inédita no país. 

De acordo com o presidente da fundação, Mario Moreira, a transição demográfica impõe à Fiocruz a necessidade de ampliar sua carteira de produtos direcionada também ao tratamento da AME e a introdução desse novo produto reflete a estratégia. “A implementação dessa plataforma, pioneira na América Latina, reforça o papel da Fiocruz como base científica, tecnológica e industrial do SUS, elegendo como prioridade a inovação que garante o acesso da população a produtos pioneiros.”

A diretora de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber ressalta que o projeto demonstra o compromisso científico e tecnológico de Bio-Manguinhos com a inovação, a sustentabilidade e a ampliação do acesso a tratamentos de ponta.

Agência Brasil


Adenilson Duarte conquista seis medalhas no Mundial de Natação e coloca Lajes no topo do esporte


 O atleta Adenilson Duarte, da Associação Esporte+, fez história ao conquistar seis medalhas no Campeonato Mundial de Natação Virtus 2025, realizado na Tailândia. Representando Lajes e o Rio Grande do Norte, o nadador brilhou nas piscinas internacionais e voltou para casa com um feito inédito.

Foram duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze, resultado que o consolida como um dos grandes nomes da natação paralímpica mundial.

O grande destaque veio na prova dos 50 metros livre (S14), quando Adenilson marcou o tempo de 24s27, tornando-se o nadador mais rápido do mundo em sua categoria.

A Prefeitura Municipal de Lajes parabenizou o atleta pela conquista, destacando que seu desempenho é motivo de inspiração para a juventude e orgulho para todos os lajenses.

Adenilson é um exemplo de dedicação, superação e talento. Seu nome agora se junta à história esportiva mundial, levando a bandeira de Lajes ainda mais longe”, afirmou em nota a administração municipal.

A vitória de Adenilson reforça o papel transformador do esporte e coloca Lajes em evidência no cenário internacional.

Governo regulamenta LOTERN e prevê arrecadar R$ 25 mi em 2026


 Foto: José Cruz

O Governo do Rio Grande do Norte estima arrecadar R$ 25 milhões em 2026 com a Loteria Estadual (LOTERN), regulamentada pelo Decreto nº 34.840/2025, publicado no Diário Oficial em 27 de agosto. A medida estabelece regras para credenciamento, funcionamento e fiscalização do novo serviço público que será operado sob a supervisão da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). O modelo segue parâmetros da legislação federal e permitirá apostas em modalidades tradicionais e digitais, incluindo concursos numéricos, prognósticos esportivos e apostas de cota fixa. A publicação do edital para as empresas interessadas deve ocorrer até o final do ano.

A regulamentação determina como serão aplicadas as contrapartidas financeiras das empresas credenciadas. Segundo a coordenadora da Loteria Estadual, Jucielly Lima Ivo, será necessário cumprir requisitos e é preciso que as empresas se organizem tecnicamente para as exigências. “Em contrapartida à autorização do estado para exploração do serviço público da loteria, haverá o pagamento da outorga fixa e variável. A previsão é que o pagamento da outorga fixa seja recolhido no ato de credenciamento e a outorga variável após o início da operação”, explica.

O decreto prevê que os produtos lotéricos sejam oferecidos tanto em canais físicos quanto digitais, permitindo ao apostador adquirir bilhetes impressos ou apostar via plataformas on-line. O texto também determina a obrigatoriedade de práticas de “jogo responsável”, como ferramentas de autoexclusão, campanhas educativas e proibição da participação de menores de 18 anos. Empresas interessadas deverão comprovar idoneidade, capacidade técnica e financeira, além de adotar sistemas de controle antifraude e mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro.

Na avaliação da secretária executiva da Receita, Jane Araújo, o novo marco normativo vai além da arrecadação. “A regulamentação da loteria é de suma importância no âmbito do Estado. Além de estabelecer as regras de como será explorado esse serviço público, ela também estabelecerá os critérios para que os operadores adotem medidas de práticas de jogo responsável, para que a sociedade realmente saiba usufruir deste entretenimento de forma segura e legal”, afirma.

A coordenadora Jucielly Lima ressalta ainda que a preocupação com responsabilidade social é central na implementação do novo serviço. “Na aplicação desses conceitos, haverá a disponibilização de ferramentas de autoexclusão e lista de impedidos. A Secretaria também já iniciou a elaboração de uma campanha de conscientização, para que o jogo seja entendido como diversão, e não como forma de alcançar renda extra ou reaver perdas monetárias”, explica.

O decreto institui ainda a criação de um Fundo Estadual da Loteria, para onde serão revertidos os valores de prêmios não reclamados no prazo de 90 dias. As apostas físicas ou virtuais deverão ser registradas apenas em canais autorizados, e os operadores ficam proibidos de conceder créditos ou bonificações antecipadas aos apostadores. Também há restrições específicas para participação de atletas, dirigentes esportivos e servidores públicos ligados à fiscalização.

“Neste momento, a coordenadoria da loteria está dedicada à regulamentação e regularização do setor. Estamos debruçados nos normativos que vão credenciar as empresas interessadas em explorar as modalidades lotéricas, e também elaborando as normas dos editais”, finaliza Jucielly Lima, coordenadora da Loteria Estadual.

Além de criar uma nova fonte de receita não tributária, o Governo do Estado pretende direcionar parte dos recursos obtidos com a LOTERN para áreas sociais, como saúde, educação e segurança. A exploração ocorrerá em regime de livre concorrência, com o objetivo de promover a satisfação dos jogadores e garantir a qualidade dos serviços oferecidos, conforme o texto do decreto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Terremoto de magnitude 6 atinge Afeganistão e deixa mais de 800 mortos


Foto: Reprodução

 Um terremoto de magnitude 6 deixou mais de 800 pessoas mortas e ao menos 2.800 feridos após atingir a região leste do Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão, neste domingo (30), informou Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã.

O USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) informou que o tremor foi registrado a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar. A profundidade foi de 8 km, o que é considerado raso para especialistas, que alertam que quanto mais próximo à superfície, mais danos pode causar.

O terremoto ocorreu às 23h47, horário local. Modelos do USGS estimam que o tremor poderia resultar em centenas de mortes.

Quase meio milhão de pessoas provavelmente sentiram tremores fortes a muito fortes, o que pode resultar em danos consideráveis ​​a estruturas mal construídas, de acordo com o USGS.

“Infelizmente, o terremoto desta noite causou vítimas humanas e prejuízos financeiros em algumas de nossas províncias orientais”, publicou Mujahid na rede social X.

Equipes buscam pessoas afetadas por tremor

“Neste momento, autoridades locais e moradores estão enviando todos os esforços para resgatar os afetados. Equipes de apoio da capital e das províncias vizinhas também estão a caminho. Todos os recursos disponíveis serão utilizados para o resgate e socorro das pessoas”, acrescentou.

Cerca de 20 minutos após o terremoto, um tremor secundário de magnitude 4,5 atingiu a mesma região, de acordo com o USGS, seguido posteriormente por um tremor secundário de magnitude 5,2 — ambos a uma profundidade de 10 km.

Um alerta laranja foi emitido pelo sistema Pager do USGS, que prevê perdas econômicas e humanas após terremotos.

“É provável que haja vítimas significativas e o desastre tem potencial para se espalhar. Eventos anteriores com este nível de alerta exigiram uma resposta em nível regional ou nacional”, afirmou.

Ahmad Zameer, de 41 anos, morador de Cabul, disse à CNN que o terremoto foi forte e abalou seu bairro a mais de 160 quilômetros do epicentro. Ele acrescentou que todos os moradores dos prédios de apartamentos próximos correram para a rua com medo de ficarem presos lá dentro.

Em outubro de 2023, mais de 2.000 pessoas morreram após um forte terremoto de magnitude 6,3 atingir o oeste do Afeganistão – um dos terremotos mais mortais a atingir o país nos últimos anos.

Por CNN

Autoridades Políticas, Prefeitos da Região Central e Secretariado Prestigiam a Maior Expolajes da História em Lajes

A 29ª edição da Expolajes entrou para a história como a maior já realizada no município de Lajes. O evento reuniu milhares de famílias lajesenses e visitantes de cidades circunvizinhas da região Central, consolidando-se como um dos maiores encontros agropecuários e culturais do Rio Grande do Norte.

Mais do que um espaço de negócios e lazer, a Expolajes 2025 promoveu uma verdadeira movimentação econômica em todos os setores do município, aquecendo o comércio local, a rede de hospedagem, a gastronomia e o setor de serviços.

A grandiosidade do evento atraiu também a presença de diversas autoridades políticas do estado, que fizeram questão de prestigiar a festa. Entre os presentes, estiveram o deputado federal Robinson Faria, o deputado estadual Gustavo Carvalho, além de representantes do Governo do Estado.

No âmbito municipal e regional, participaram os vereadores Dailton Fernandes, Josilan, Dedé de Serrinha, Alderi Pereira e Lailson Menezes, bem como os prefeitos da Região Central, que reforçaram o prestígio político da Expolajes e o reconhecimento da feira como espaço de integração e desenvolvimento para todos os municípios vizinhos.

Outro destaque importante foi a participação ativa do secretariado municipal de Lajes, responsável pela organização e apoio estrutural do evento. Secretarias como Agricultura, Meio Ambiente e Proteção Animal, Gabinete Civil, Cultura e Turismo, Saúde, Educação e Obras trabalharam de forma integrada para garantir o sucesso da feira, mostrando o compromisso da gestão com a valorização do setor agropecuário e o fortalecimento econômico do município.

A edição deste ano destacou-se não apenas pela estrutura, mas pela receptividade calorosa do povo lajesense, que demonstrou mais uma vez sua tradição em acolher bem os visitantes. O evento repercutiu em todo o estado, reforçando o nome de Lajes como referência na realização de grandes feiras agropecuárias e culturais.

Com organização de alto nível, público recorde e forte presença de autoridades políticas, prefeitos e secretariado, a 29ª Expolajes se consolidou como um marco histórico, projetando ainda mais o município para os próximos anos.

Exportações marítimas nos portos do RN crescem 530% em cinco anos


  Foto: Alex Régis

As movimentações em exportações por via marítima no Rio Grande do Norte apresentaram um crescimento de 530% entre 2020 e 2024. O salto foi de US$ 117,4 milhões em 2020 para US$ 740 milhões em 2024, o equivalente a R$ 4 bilhões na cotação atual só referente ao ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec-RN) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) obtidos pela TRIBUNA DO NORTE. Em 2025, entre janeiro e julho, o valor exportado foi de US$ 366,6 milhões. Os dados são relativos aos portos de Natal, Terminal Salineiro em Areia Branca (Porto-Ilha) e Porto de Guamaré.

Segundo os dados, em relação ao volume físico exportado, medido em quilogramas líquidos, o desempenho de 2024 também foi o mais significativo. No ano passado, foram 2,1 milhões de toneladas. O resultado representou uma elevação aproximada de 38,9% em relação a 2020, que foi de 1,5 milhões de toneladas. Em 2022, o número saltou para 2,4 milhões e em 2023 caiu para 1,7 milhões. Já em 2025, até junho, foram exportadas 1,2 milhões de toneladas de produtos do RN. Das exportações potiguares, os principais itens enviados “made in RN” para outros países são frutas, açúcar, minérios, sal, pescados, balas e confeitos, rações, cana de açúcar, itens relacionados à indústria petrolífera, entre outros.

Para o secretário titular da Sedec, Alan Silveira, o crescimento das exportações pelo modal marítimo mostra a competitividade dos produtos potiguares no comércio internacional, com destaque para as frutas.

“Tivemos uma alavancada grande em diversos produtos do Rio Grande do Norte, como nosso sal, o pescado, o caramelo, a fruticultura que em especial nesse período, tende a aumentar. O trabalho do Governo do Estado, junto com as empresas, aumento do Proedi, incentivos, apoio à instalação de indústrias e nossas potencialidades, que as empresas estão investindo. Com isso estamos aumentando nossas exportações”, analisa o secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Alan Silveira.

Segundo os dados da Sedec, em relação especificamente ao Porto de Natal, os dados apresentaram oscilações entre 2020 e 2024. Em 2020, foram movimentadas 422,6 mil toneladas; em 2021, 363,6 mil toneladas; em 2022, 421,6 mil toneladas; e em 2023, 359,9 mil toneladas. Já em 2024, o total chegou a 376,9 mil toneladas.

“A partir de 2020, a movimentação pelo modal aquaviário no RN teve um aumento significativo em relação às exportações. Um dos principais produtos que contribuíram para isso foram os óleos combustíveis, que nós passamos a exportar cada vez mais para o mercado americano, o mercado europeu também, e também alguns submercados asiáticos. Mas outro fator que também contribuiu significativamente foi a questão das frutas. O RN, através principalmente do Porto de Natal, aumentou as exportações de frutas, principalmente utilizando o modelo de exportação via pallets, o que contribuiu hoje para o Porto de Natal se tornar um pequeno hub de exportação de frutas”, detalhou Hugo Fonseca, secretário-adjunto da Sedec.

Em relação às expectativas para 2025, o titular Alan Silveira aponta que a Sedec espera que a safra da fruticultura, que começou em agosto e seguirá até fevereiro, impulsione ainda mais os números do Estado, mesmo diante do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Ele cita ainda que a pasta está articulando junto ao setor produtivo a abertura de novos mercados e a intensificação de negociações para que outros países possam receber produtos potiguares. Atualmente, o Estado já tem trânsito livre em 88 países de diversos continentes, mas esbarra em questões logísticas e negociações junto a compradores estrangeiros.

“Estamos elaborando um programa junto ao Sebrae e esperamos lançar em setembro, em que vamos trabalhar as empresas exportadoras do RN, fazendo um trabalho de acompanhamento dessas empresas de 6 meses a um ano. Paralelo a isso estamos trabalhando na abertura de novos mercados, como o pescado para a União Europeia, o camarão para a China, ampliar a fruticultura para a Europa, dentre outros produtos”, Alan.

Fruticultura retoma exportações por Natal

Embora as exportações marítimas no RN tenham crescido últimos anos, o setor de fruticultura não acompanhou a mesma evolução. Segundo Fábio Queiroga, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex-RN), a saída da empresa CMA CGM do Estado fez com que o processo de exportações sofresse reduções ao longo dos últimos anos. No entanto, a operação com pallets por meio da empresa Agrícola Famosa, reiniciada em 2023, voltou a recuperar os índices de antes da saída da CMA-CGM.

“Perdemos uma companhia marítima que levava um volume relevante de frutas, que era a CMA. Houve uma migração de um volume do Porto de Natal para Pecem e Mucuripe, no Ceará”, cita. “Exportamos frutas no Porto de Natal porque a Agrícola Famosa alugou navios para fazer sua própria logística e eles alugaram navios pequenos, que são capazes de movimentar no limitado calado, profundidade e altura do Porto de Natal”, aponta Queiroga, acrescentando que o Porto de Natal já voltou a exportar 50% da produção de frutas do Estado.

Nesse passo, a Codern estima que irá triplicar as operações com frutas no Estado nesta safra iniciada em agosto deste ano e que deverá seguir até fevereiro do ano que vem.

“Em 2023, tivemos queda de 66% das receitas do Porto e retomamos outro projeto, que não tinha nada a ver com contêiner, junto com a Agrícola Famosa, iniciando uma operação via pallets. Foram cerca de 40 mil toneladas na primeira safra 2023/2024. Na segunda, conseguimos avançar, a operação foi impecável e muito bem recebida na Europa. Para se ter ideia, o primeiro navio teve três pallets avariados. O segundo, um, e nunca mais teve nenhum. É como se a fruta chegasse nova na Europa”, explica Paulo Henrique Macedo, diretor-presidente da Codern.

Na safra 2024/2025, o Porto de Natal movimentou 131.537 toneladas. Para 2025/2026, o Governo do RN projeta um crescimento histórico, com a expectativa de alcançar a marca de 300 mil toneladas. “Temos uma expectativa de ter um escoamento maior de frutas quando tínhamos com os contêineres, então começamos não só a retomada, mas a expansão”, acrescenta.

Investimentos e aumento das exportações

Com investimentos anunciados neste ano para o Porto de Natal, a expectativa da Companhia Docas do RN é ampliar ainda mais as exportações pelo terminal portuário. Os investimentos, da ordem de R$ 120 milhões, são para a viabilização de uma nova dragagem no canal de acesso do Rio Potengi, aumentando a profundidade e o calado, além da construção das defensas da Ponte Newton Navarro, que permitirão chegadas e saídas de navios em horários noturnos.

“Faremos a dragagem de manutenção do canal de acesso. Teremos profundidade de mais de 12 metros, possibilitando navios de até 237m, podendo chegar no Porto de Natal, e com a construção dos dolfins dos pilares da Ponte, possibilitando a entrada de navios durante à noite, além da modernização de galpões e armazens, além de construção de usina fotovoltaica. Com esses investimentos a tendência é dobrarmos a produção e exportações no Porto de Natal”, explica o secretário da Sedec-RN, Alan Silveira.

Para o presidente da Codern, as estimativas são otimistas para os próximos anos com as intervenções anunciadas. “Com 12,5 metros de profundidade, mantemos o calado do Rio Potengi a 10 metros. E por quais razões não vai a 11, a 12 metros? Porque não conseguimos ampliar a segurança da operação sem as defensas da Ponte, que nos proíbem de manobrar navios no período noturno. Perdemos 12h de operação. Com as defensas, mantemos o calado desassoreado, podemos pedir o aumento desse calado, e a operação passa a ser 24h. Isso que está acontecendo, em que estamos expandindo carga, temos perspectiva de exportar muito mais na época do contêiner, isso não vai ter limite de crescimento” , acrescenta.

A Codern espera ainda arrendar o Pátio Norte do porto para uma empresa que quer exportar minério de ferro para a Europa. Os investimentos da empresa Fomento do Brasil no RN envolvem R$ 1,5 bilhão. O edital de licitação para o arrendamento está em análise no TCU.

Tribuna do Norte

Agravamento da seca no interior leva o Estado a decretar emergência


Foto: Itaércio Porpino/arquivo tn

Ananda Miranda
Repórter

O Rio Grande do Norte vai decretar estado de emergência nas próximas semanas por conta do agravamento dos efeitos da seca. O decreto está em análise jurídica na PGE e, segundo o secretário Paulo Varella, será assinado pela governadora Fátima Bezerra nas próximas semanas. A situação de emergência chega ao Estado após o anúncio de várias obras na área de infraestrutura hídrica, que não foram suficientes para evitar que os municípios do interior sofressem com a estiagem. Apesar de o Governo do RN sustentar que a seca no semiárido é algo natural, especialistas defendem que a situação seria evitável e expõe um problema de décadas de inércia no planejamento das obras.


Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do RN, Paulo Varella, defendeu que a situação da seca é inevitável. “A seca é um evento natural, não tem como ser evitada. Por mais que a gente atue, não tem como cobrir todos. A gente tem que fazer nossa parte e a população tem que fazer a parte dela”, disse. O território do Rio Grande do Norte está inserido, em quase sua totalidade – 93% –, na zona semiárida brasileira.


Um decreto de emergência é um ato oficial do governo que reconhece que determinada região está passando por uma situação grave. No caso da seca no RN, o decreto de emergência tem como principais objetivos reconhecer a gravidade da situação, agilizar procedimentos burocráticos e facilitar acesso a recursos federais. Dados mostram que a maior parte dos municípios do RN convive atualmente com seca grave ou moderada.


Na avaliação do ex-secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, engenheiro Rômulo Macedo, o decreto sinaliza problemas estruturais que não foram solucionados. “A decretação de emergência é oportuna, porque a gente ainda não resolveu o problema. A gente só vai resolver o problema depois que a gente fizer os projetos e as obras necessárias”. Para isso, ele cita as obras de integração da infraestrutura de distribuição com a água de transposição do Rio São Francisco.


O especialista em Recursos Hídricos, João Abner, destaca que o agravamento da seca poderia ser evitado caso fosse uma prioridade para o Poder Público. Ele ainda aponta consequências: “O Setor Sul do Seridó vai enfrentar a seca com a mesma infraestrutura deficiente de sempre. A região não tem acesso às águas do Piranhas-Açu, fora as cidades do Sistema de Abastecimento de Caicó”.


Segundo o engenheiro Rômulo Macedo, a gestão e distribuição da água são tão importantes quanto a quantidade disponível nos reservatórios. “Em termos de reservatório, nós já temos o suficiente e necessário para enfrentar o problema, para conviver com a seca. Depois, veio, a partir desses reservatórios, o grande problema dos sistemas adutores, para levar a água desses reservatórios para as cidades do estado”, explica.


Embora a transposição tenha chegado à Barragem de Oiticica, as adutoras necessárias para levar a água até a população do Seridó ainda não foram construídas. As obras do Setor Sul do Projeto Seridó, que seriam responsáveis por essa captação, ainda não foram licitadas e não têm previsão para execução.


O caso de Pau dos Ferros também preocupa os especialistas: “Se impediu o acesso de todas as cidades do Alto Oeste às águas da Barragem de Santa Cruz para não atrapalhar o andamento do Ramal do Apodi”, conta João Abner. No projeto original da Adutora do Alto Oeste, constava uma Adutora Expressa que ligaria a Barragem de Oiticica à cidade de Pau dos Ferros, que, “por decisão política”, foi descartada, de acordo com o especialista.

Paulo Varella: “A seca é um evento natural, não tem como ser evitada”| Foto: Alex Régis


Para o secretário Paulo Varella, o decreto de emergência não é resultado de falta de planejamento, mas sim uma medida necessária para amortecer os impactos da seca e facilitar ações emergenciais, como prorrogação de dívidas de agricultores e realocação de água entre regiões.


Varella disse que, mesmo com investimentos em barragens, poços e perfuração de reservatórios, não é possível garantir cobertura total do Estado. “Por mais que a gente fique lutando vamos ter decreto de emergência na época de seca, porque é um fenômeno natural”, disse.
O secretário de Estado do Meio Ambiente disse que há projetos que não foram finalizados por conta da complexidade e dos altos custos. “Nós estamos lutando para conseguir colocar isso no parque licitado. E que essas coisas têm o seu tempo”, conta Varella.

RN não está preparado para transposição

O engenheiro Rômulo Macedo é um dos idealizadores do projeto de transposição do Rio São Francisco. Na avaliação dele, são necessários estudos estratégicos para se resolver o problema das secas. “O que o RN precisa é estudar e projetar novas obras e novos sistemas operacionais para bem aproveitar as águas de transposição do Francisco. Essa é a situação que nós vivemos hoje e ainda não estamos preparados para operar águas que vamos receber do São Francisco”, explicou Macedo.


A pesquisadora em Engenharia Civil especialista em hidráulica Adelena Maia afirma que a transposição não atende todas as demandas da agropecuária. “A infraestrutura precisa agora ser reforçada para que a água disponível chegue onde precisa; no entanto, deve-se deixar claro que as águas da transposição não conseguem atender às demandas para produção agropecuária, mas liberarão parte das reservas de água dos açudes, permitindo assim que se tenha mais água para esta produção.”


Segundo a engenheira, mesmo cidades atendidas por adutoras enfrentam dificuldades, muitas vezes submetidas a sistemas de rodízio ao longo de todo o ano. “Os municípios, inclusive atendidos por adutoras, não são abastecidos plenamente, com o sistema de rodízio implantado durante todo o ano”, reiterou a engenheira.


Para o pesquisador Francisco Fransualdo de Azevedo, do Departamento de Geografia da UFRN, trazer mais água para o semiárido, por meio de obras como a transposição do Rio São Francisco, não resolve o problema se não houver uma gestão hídrica eficiente.


“A transposição do Rio São Francisco é uma obra que vem contribuir com o processo de garantia de abundância de recurso hídrico para o semiárido do Nordeste, mas a gestão territorial, da política hídrica a partir dessa nova oferta de maior disponibilidade de água no semiárido, essa gestão vai dizer muito do que essa obra vai representar”, defende o geógrafo.

Falhas humanas


Para o geógrafo Francisco Fransualdo de Azevedo, o sistema ainda carece de aperfeiçoamento e políticas públicas efetivas para lidar com eventos climáticos. “Nós não temos pessoal técnico qualificado suficiente para gerir essa questão, gerenciar essas questões de ordem técnica nos territórios. E aí, claro que isso, como plano de fundo, nós temos uma carência, uma limitação muito grande do ponto de vista da gestão territorial por esses fatores”, defende.


Ele destaca que a carência de infraestrutura, profissionais e cientistas dificulta o gerenciamento adequado dos recursos. “Estamos vivenciando o processo de assoreamento dos rios, que tem relação direta com a seca, e muitos problemas permanecem quase insolúveis devido à falta de capacidade técnica”, afirmou. Além disso, Fransualdo ressalta a precariedade da extensão rural, apontando que a população do campo precisa se virar sozinha diante da escassez de apoio técnico e políticas públicas.

Seca pode se agravar em dezembro

Diante do agravamento da estiagem no estado, especialistas temem uma piora da seca no fim do ano. “O maior risco é a possibilidade da continuidade da seca no próximo ano. E, nesse caso, a época é agora para planejar medidas emergenciais efetivas. Então, nesse cenário, deve-se cobrar do Governo do Estado, no mínimo, a elaboração de um Plano Emergencial para o final de 2025 e o início de 2026. Deve-se estudar caso a caso, todos os mananciais do Seridó”, defendeu o engenheiro João Abner.


O diretor de operação da Caern alerta que, com a aproximação do período mais crítico da seca, dezembro, algumas cidades do Seridó e do Alto Oeste estão em alerta. Ele explica que o colapso ocorre quando os mananciais se esgotam ou a água disponível não pode ser tratada. No momento, regiões como o manancial de Parelhas enfrentam dificuldades devido à limitação na capacidade de tratamento. Segundo Thiago Brasil, a situação será monitorada até a próxima quadra invernal, mas existe preocupação com a região Seridó.


O governo do estado defende que todas as medidas que estavam a cargo do governo do estado foram cumpridas, mas para superar a seca é necessário auxílio da sociedade. “O Estado faz a parte dele, mas as pessoas, a convivência com a seca ou a zona rural, principalmente, têm que fazer a sua parte. Por exemplo, no Semiárido, é provado que em 10 hectares, você tenha uma vaca. Se você plantar alguma coisa que está de palma, durante a seca, você alimenta 100 vacas. Aumenta de 1 para 100. E muita gente — mas muita — ainda não planta palma”, explicou o secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesquisa Marcelo Pessoa da Cunha.


Além disso, o diretor-presidente do Igarn ressalta que a população deve preservar o meio ambiente: “Tem que cuidar bem da natureza, tenho que manter as matas ciliares, ter cuidado”.

Tribuna do Norte

domingo, 31 de agosto de 2025

Ataques com drones da Rússia reconfiguraram a guerra na Ucrânia; Entenda


 • REUTERS

À medida que a máquina de guerra da Rússia avança no leste da Ucrânia, outra ofensiva está sendo realizada muito além da linha de frente. A Rússia está intensificando ataques noturnos com drones em cidades ucranianas e na infraestrutura civil, e, à medida que aumenta rapidamente a produção dessas armas, seus ataques estão se tornando mais intensos.

Muitos dos drones não são particularmente rápidos ou de alta tecnologia, mas são baratos o suficiente para o Kremlin lançar mais de 700 em uma noite, em um esforço para sobrecarregar as defesas aéreas da Ucrânia e dizimar a população, segundo especialistas.

Depois de obter projetos iranianos para os drones de ataque Shahed, a Rússia construiu a própria fábrica para produzir milhares dessas armas por mês. Suas táticas em evolução estão forçando a Ucrânia a reagir com munições e inovações mais caras, à medida que métodos de defesa mais baratos se tornam menos eficazes.

O rápido aumento nos ataques de drones mostra como a guerra evoluiu para depender desses veículos autônomos não tripulados.

Ucrânia e Rússia têm sido levadas a aprimorar as capacidades dos drones para compensar as deficiências nas capacidades da força aérea, uma dinâmica que não se aplica a todas as potências ocidentais.

Mas especialistas afirmam que os Estados Unidos e os aliados europeus da Otan estão trabalhando ativamente para aprimorar os drones e as operações de combate a com esses veículos para manter uma vantagem em quaisquer conflitos futuros.

CNN