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MOTORISTA QUE CAUSOU TRAGÉDIA NA LINHA AMARELA FALAVA AO CELULAR NO MOMENTO DA COLISÃO 

O motorista Luiz Fernando da Costa, de 31 anos, condutor do caminhão que derrubou uma passarela da Linha Amarela e matou cinco pessoas na terça-feira, 28, na Zona Norte do Rio, falava ao celular no momento do acidente. Costa admitiu que cometia mais essa irregularidade em depoimento ao delegado Fábio Asty, da 44ª DP (Inhaúma). Costa prestou novo depoimento nesta quarta-feira.

 Em conversa informal ocorrida na véspera, Costa disse não ter percebido que a caçamba do caminhão estava levantada. Afirmou ainda que sabia não poder trafegar na Linha Amarela com aquele tipo de veículo àquela hora (9h13), mas ter optado pela via porque estava atrasado. O motorista contou também que estava a 85 km/h no momento do acidente. A velocidade máxima na pista da direita é de 80 km/h.A explicação de Costa para a caçamba do caminhão ter sido levantada é a seguinte: o veículo apresentou um problema técnico na sexta-feira e, segundo ele, a caixa de marcha do veículo, que havia caído, passou por manutenção. O condutor acredita que um problema nesse mecanismo, que é acoplado ao sistema hidráulico que movimenta a caçamba, tenha causado o acionamento indevido – algo que ele diz não ter percebido.

Funcionários da empresa Arco Aliança, proprietária do veículo e empregadora de Costa, também serão ouvidos. Entre eles o chefe do departamento de mecânica e um gerente operacional. O caminhão e as peças removidas no local do acidente passarão por perícia.

O delegado Fábio Asty interrogou, também nesta quarta-feira, o motorista de ônibus que afirma ter tentado avisar o condutor do caminhão sobre o problema na caçamba. Antonio Thimoteo afirmou à polícia que tentou se aproximar do caminhão, mas não conseguiu alcançar o veículo, nem exceder o limite de 70 km/h, velocidade máxima para coletivos na Linha Amarela.

ESTADÃO