Pela segunda vez em pouco mais de um mês, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada em Belém (PA), enquanto discursava na tarde de hoje em evento de entrega de máquinas a prefeitos. Mal começou a falar, Dilma foi interrompida por manifestantes aos gritos de “não vai ter Copa” e “queremos mais dinheiro pra saúde e educação”.
Em resposta, Dilma anunciou ajuda do governo federal para reabrir um hospital na cidade. “Eu sei que um hospital aqui foi paralisado e está fechado, apesar de estar pronto. Acertei hoje com o governador [Simão Jatene, do PSDB] que coloque esse hospital no investimento que nós estamos liberando para ele.” Pouco depois, a petista voltou a ser interrompida pela plateia, que repetiu os protestos por investimentos em saúde e educação, enquanto outro grupo saiu em defesa da presidente, com gritos de “olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma”.
Irritada, ela pediu aos presentes que a deixassem concluir sua fala: “Ô, gente, eu entendo. Agora, por favor, eu estou no fim, eu agradeço. É da democracia, eles têm direito de falar o que quiserem, vocês também, mas eu quero pedir o seguinte: a gente pode fazer isso, se manifestar, desde que não prejudique a maioria.
A maioria está ali calada. Então eu vou concluir.” Em seguida, encerrou rapidamente o discurso, que durou cerca de 20 minutos. Mais cedo, a presidente havia inaugurado o complexo portuário Miritituba-Barcarena, a 87 km de Belém. Na capital paraense, Dilma também participou da formatura de 1.200 alunos do Pronatec, programa de ensino técnico. Na última viagem que havia feito a Belém, em 20 de março, Dilma também foi vaiada durante cerimônia para anúncio de investimentos federais em projetos de mobilidade urbana. (Folha)
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