fonte: blog Cicero Lajes
Quaresma viveu lá, no manicômio, resignadamente, conversando com os seus companheiros, onde via ricos que se diziam pobres, pobres que se queriam ricos, sábios a maldizer da sabedoria, ignorantes a se proclamarem sábios"... Euclides da Cunha: Triste fim de Policarpo Quaresma, pág. 67.
Foto de Luan Pedro
Cícero Lajes - Talvez fosse uma foto qualquer se não fossem as leituras que fazemos dela. Bastião é um cara muito conhecido em Lajes e seu passado é desconhecido, porém se sabe que ele não é natural da terrinha. Teria chegado aqui numa madrugada, não se sabe como, mas uma das hipóteses é que ele foi deixado na BR 304. Desde então vaga pelas ruas e se alimenta do que o povo dar ou ele encontra revirandoos tambores de lixo. Sua principal característica é o silêncio, acompanhado por vezes de uma risada aparentemente sem motivos (esquizofrenia?) e o gesto de esfregar as mãos. Sujeito calmo, segundo o então recenseador do IBGE, Laelson Lourenço: "até o ano de 2010, Bastião dormia em um buraco numa antiga estrutura de alvenaria nas margens do Riacho da Madeira, entre os conjuntos Alvorada e Alto da Beleza".
Laelson Lourenço - "A suspeita é que ele seja proveniente de Macaíba, Cícero! Acredito que o local que ele morava (ou ainda mora) fosse usado para abrigar o motor que retirava a água do antigo chafariz, pois é um cubículo dotado de uma porta muito baixa e não possui janelas! Está localizado sobre o antigo depósito de água...o sol incide sobre ele durante a tarde. O calor e o mal cheiro lá dentro é insuportável...certo dia o encontrei dormindo na parte da tarde sobre alguns panos sujos...coloquei o rosto na abertura mais não suportei a fedentina. E o mais incrível é que ele se banha na lagoa de captação do saneamento da cidade...ele não foi recenseado, pois é um indigente, ou seja, para o país ele é um brasileiro que não existe."
Cícero Lajes - Talvez fosse uma foto qualquer se não fossem as leituras que fazemos dela. Bastião é um cara muito conhecido em Lajes e seu passado é desconhecido, porém se sabe que ele não é natural da terrinha. Teria chegado aqui numa madrugada, não se sabe como, mas uma das hipóteses é que ele foi deixado na BR 304. Desde então vaga pelas ruas e se alimenta do que o povo dar ou ele encontra revirandoos tambores de lixo. Sua principal característica é o silêncio, acompanhado por vezes de uma risada aparentemente sem motivos (esquizofrenia?) e o gesto de esfregar as mãos. Sujeito calmo, segundo o então recenseador do IBGE, Laelson Lourenço: "até o ano de 2010, Bastião dormia em um buraco numa antiga estrutura de alvenaria nas margens do Riacho da Madeira, entre os conjuntos Alvorada e Alto da Beleza".
Laelson Lourenço - "A suspeita é que ele seja proveniente de Macaíba, Cícero! Acredito que o local que ele morava (ou ainda mora) fosse usado para abrigar o motor que retirava a água do antigo chafariz, pois é um cubículo dotado de uma porta muito baixa e não possui janelas! Está localizado sobre o antigo depósito de água...o sol incide sobre ele durante a tarde. O calor e o mal cheiro lá dentro é insuportável...certo dia o encontrei dormindo na parte da tarde sobre alguns panos sujos...coloquei o rosto na abertura mais não suportei a fedentina. E o mais incrível é que ele se banha na lagoa de captação do saneamento da cidade...ele não foi recenseado, pois é um indigente, ou seja, para o país ele é um brasileiro que não existe."
Cícero Lajes - Entre várias coisas insalubres que ele faz ou necessita fazer, já o vi apanhando água de uma poça em uma garrafa e bebendo. A água estava parada haviam vários dias juntamente com garrafas, sacos plásticos entre outros produtos descartados. Ele também costuma retirar alimento do lixo, e há pessoas que lhe dão bebida alcoólica. Seu organismo é muito forte, caso contrário já teria morrido, deve ter adquirido muitos anticorpos.
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