Fonte: Tribuna do Norte
Uma comissão de deputados estaduais apresentou ao Governo do Estado, na tarde desta quinta-feira (2), um parecer psiquiátrico apontando como aptos 461 dos 489 candidatos que haviam sido reprovados nos exames médicos. Diante do documento, o governador Robinson Faria determinou à Procuradoria Geral do Estado que solicite a nova lista com os aprovados no exame psiquiátrico, para, a partir dela, se manifestar sobre a convocação do grupo. "Nós abrimos o diálogo e nos empenhamos para que esta questão chegue a um desfecho positivo. Determinei que todos os encaminhamentos legais sejam dados", afirmou o governador Robinson Faria.
No laudo apresentado pelos deputados estaduais e assinado pelo psiquiatra Ricardo Silva, foram somente 28 candidatos com indícios de alteração de comportamento ou personalidade. Segundo o deputado Álvaro Dias (PMDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, somente esses candidatos que têm exames "que podem sugerir a existência de transtorno mental ou vulnerabilidade aumentada a algum transtorno mental".
Com o documento em mãos, o governador determinou que o procurador geral do Estado, Francisco Wilkie, tome providências para confirmar se a Polícia Militar realizou adequadamente os exames psiquiátricos nos candidatos e, no caso da resposta ser positiva, os suplentes serão considerados aptos ao serviço.
“Vamos fazer um novo ofício ao Comando Geral da Polícia Militar para que informem se houve um exame psiquiátrico e mandem a lista com o resultado do exame. O governo entende que, se ficar comprovado que houve realmente um exame psiquiátrico, deve haver a convocação dos aprovados", disse Wilkie.
O caso
Um grupo de 824 aprovados no concurso da Polícia Militar de 2005 foi convocado neste ano, após longa disputa judicial. No entanto, exames psicológicos consideraram inaptos 489 candidatos dos 709 que se apresentaram. Um laudo psiquiátrico do médico Ricardo Silva Oliveira que avaliou os candidatos, entretanto, mostra que 461 – antes reprovados – estão aptos a exercerem os cargos.
O exame que teria reprovado os candidatos foi o psicológico, que não estava previsto no edital. Diante do documento, a Procuradoria Geral do Estado solicitará à Polícia Militar a confirmação do exame e o envio de uma nova lista.
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