Fonte: Novo Jornal
A sede da Prefeitura de Natal foi ocupada hoje (02) por servidores da Guarda Municipal. A categoria está em greve há 40 dias e exige um incremento de 20% nos seus salários e a execução do plano de promoções de carreiras. O protesto resultou no bloqueio das portas do Palácio Felipe Camarão. Os guardas municipais trocaram os cadeados e impediam a entrada de pessoas sem identificação de servidor municipal. Segundo Margareth, todos esses direitos já foram assegurados na Lei Orçamentária Anual (LOA), todavia a Prefeitura alega não ter recursos para aprovar as medidas propostas. “Falta prioridade ao governo Carlos Eduardo”, acusou a presidente do sindicato dos Guardas Municipais, Margareth Vieira A ocupação só será encerrada quando a Prefeitura Municipal apresentar uma proposta que seja de interesse para os guardas, é o que garante Margareth. Até lá, o Palácio Felipe Camarão estará ocupado. No início da tarde, a Prefeitura do Natal lançou uma nota de repúdio contra o protesto dos Guardas Municipais. O documento afirma que o Município está tomando as medidas legais cabíveis para restabelecer a ordem pública, garantir a normalidade do funcionamento administrativo, assegurando o direito dos cidadãos natalenses de acesso ao prédio público. Além disso, a Prefeitura anunciou que está aberta para negociar com o movimento grevista. A nota afirma que a negociação para a criação de um Plano de Cargos e Remuneração está dentro do prazo estabelecido pela legislação federal que se estende até julho do próximo ano. Leia a nota da Prefeitura: A Prefeitura do Natal repudia o ato de truculência do sindicato dos Guardas Municipais de ocupar e impedir a livre circulação de servidores e cidadãos nas dependências do Palácio Felipe Camarão e está tomando as medidas legais cabíveis para restabelecer a ordem pública, garantir a normalidade do funcionamento administrativo, assegurando o direito dos cidadãos natalenses de acesso a um prédio público, cuja preservação deveria ser mantida justamente por quem agora impede o exercício da cidadania e desrespeita o preceito constitucional que garante a liberdade de locomoção. Ao mesmo tempo, a Prefeitura informa que estava em plena negociação com a categoria para a criação de um Plano de Cargos e Remuneração dentro do prazo estabelecido pela legislação federal que se estende até julho do próximo ano, nas condições econômicas permitidas pelos cofres municipais. Nesse sentido estava prevista para a próxima terça-feira uma reunião para discutir alternativas à proposta apresentada pelo sindicato da categoria. Vale lembrar que os municípios brasileiros, e Natal não é diferente, enfrentam de forma ainda mais aguda os resultados da política de ajuste fiscal adotado pelo governo federal que têm resultado, como é fartamente conhecido por todos, em redução da atividade econômica, com reflexo imediato na arrecadação própria e queda nos repasses federais. Diante da atitude arbitrária adotada pelo sindicato, todas as negociações ficam suspensas e a Prefeitura reafirma que não será pela força ou com atitudes antidemocráticas como essa que o sindicato irá fazer prevalecer sua vontade sobre os direitos da maioria dos cidadãos natalenses
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