Fonte: Tribuna do Norte
Não há receita mais conhecida para combater a “ambulancioterapia” que a regionalização da Saúde Pública. Os pequenos e médios procedimentos, podem e devem ser feitos em unidades de cidades do interior do Rio Grande do Norte. Nesse sentido, a atual gestão deu início ao processo chamado de “regionalização solidária e participativa”. O princípio desse processo é transformar os as prefeituras dos municípios do entorno dos 24 hospitais regionais do Estado do Rio Grande do Norte co-gestores dessas unidades. Essa experiência deve começar ainda no segundo semestre desse ano em dois municípios: Santa Cruz e São Paulo do Potengi. E na Capital, a âncora do projeto é a instalação de um novo hospital de alta complexidade. O Governo já negocia a compra do Natal Hospital Center, na Av. Rodrigues Alves.
Na região Potengi, o projeto piloto será implantado no Hospital Regional de São Paulo do Potengi. Atualmente, pacientes de onze municípios utilizam a unidade hospitalar. “Muitos atendimentos eram feitos por nós, mas eram referenciados para o município de Natal por exemplo”, disse Euzanira Xavier de Souza Figueredo, diretora da unidade hospitalar. Isso significa que os municípios enviam os pacientes para um hospital, mas mandavam os recursos para outro município.
Na região Potengi, o projeto piloto será implantado no Hospital Regional de São Paulo do Potengi. Atualmente, pacientes de onze municípios utilizam a unidade hospitalar. “Muitos atendimentos eram feitos por nós, mas eram referenciados para o município de Natal por exemplo”, disse Euzanira Xavier de Souza Figueredo, diretora da unidade hospitalar. Isso significa que os municípios enviam os pacientes para um hospital, mas mandavam os recursos para outro município.
Para o coordenador do grupo de trabalho da regionalização, o médico Ion de Andrade, isso é uma questão de organização. “A partir do momento que você senta com as pessoas e faz definições, a gente organização isso”, disse Andrade, lembrando que a situação era semelhante no Hospital Maternidade Ana Bezerra em Santa Cruz, unidade que também passa pelo processo de regionalização solidária e participativa. Neste caso da região Trairi, o hospital é Federal. Portanto, a pactuação acontece com as três esferas de governo.
Com esse tipo de regionalização, basicamente os recursos dos municípios vizinhos deverão ser encaminhados para os municípios onde estão sediados os hospitais regionais. Esses municípios maiores deverão ficar responsáveis pela contratação de novos profissionais.
O Hospital de São Paulo do Potengi, por exemplo, deverá ter dois novos clínicos gerais contratados pela Prefeitura de São Paulo do Potengi. O maior contingente de atendimento vem na unidade vem dos municípios de Riachuelo, Barcelona, Lagoa de Velhos, São Pedro, Elói de Souza, Rui Barbosa, São Tomé, Santa Maria, Bom Jesus, Serra Caiada, Caiçara do Rio dos Ventos.
Segundo Ion de Andrade, com esses dois novos profissionais será possível incluir o hospital oficialmente na rede de urgência e emergência do Rio Grande do Norte. “O município deve contratar médicos para a urgência e os médicos da secretaria estadual passam, então, a cuidar da maternidade e enfermarias”, explicou. Ainda segundo ele, essa inclusão vai possibilitar mais recursos do Ministério da Saúde.
No próximo mês, Santa Cruz deverá começar a receber os repasses. E São Paulo do Potengi em dois meses. Nem o coordenador da regionalização nem a diretora soube especificar qual o volume de recursos envolvidos. Vale ressaltar que o hospital regional não tem autonomia financeira.
No final deste mês, as discussões coletivas sobre a regionalização em todo o Estado serão finalizadas. Os próximos passos, segundo Andrade, deverão ser no município de João Câmara, São José de Mipibu e Macaíba. Para a adoção dessa política em Assu, o coordenador deverá esperar a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) ser instalada para analisar o quadro da atenção em saúde por na região.
Maternidades são pontos críticos
Tanto em Santa Cruz como em São Paulo do Potengi, as unidades funcionam sem profissionais suficientes. No Hospital Regional de São Paulo do Potengi, a maternidade só tem obstetras nas quarta, quinta e sexta-feira. E a cada quinze dias tem um obstetra nas terças-feiras. Segundo a diretora do hospital, Euzanira Figueredo, se deixava de fazer partos. Já no caso da Maternidade do Hospital Ana Bezerra, segundo Ion Andrade, “não era aberta dois dias na semana porque não tinha profissionais para fechar a escala de plantão”. Dessa forma, os atendimentos da cidades do Trairi – mas não só elas – contribuíam para a superlotação das maternidades da região metropolitana de Natal. Segundo Andrade, isso prejudica a qualidade no atendimento inclusive nos outros dias de funcionamento. Segundo ele, com essa pactuação e contração de novos profissionais a maternidade abrirá com regularidade. No entanto, ele não soube dizer quantos profissionais seriam necessários para fechar escala.
Conforme a diretora do hospital de São Paulo do Potengi porque os clínicos gerais realizam os partos. Ainda como resultado dessa pactuação entre os municípios, eles deverão passar por uma capacitação em neonatologia no próximo mês. Hoje o hospital de São Paulo do Potengi funciona com três obstetras. Na equipe, não consta nenhum pediatra nem há previsão de contratação desse profissional dentro da regionalização solidária. Desse modo, os novos clínico gerais também deverão auxiliar nos partos. “Acredito que a gente consiga aumentar em 50% o número de partos em relação aos que são feitos hoje”, disse a diretora do hospital.
A unidade de São Paulo do Potengi deu assistência à 24 partos de janeiro a março deste ano. Por ano, o número já chegou a 200 quando havia uma equipe completa, inclusive com pediatra. O Hospital Regional de São Paulo do Potengi está preparado para atender partos de baixo risco.
Hospital Terciário
O processo de regionalização tem a capital como cidade-chave para os procedimentos de alta complexidade. Desse modo, o governo do Estado planeja comprar o Natal Hospital Center para ser mais um hospital terciário de Natal. Compra ainda não foi definida, está em fase de negociação. “Nós estamos incluindo nessa negociação a própria União”, informou o secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, sem informar os valores em questão. Segundo o secretário, só o Hospital Universitário Onofre Lopes pode ser considerado de nível terciário e quartenário. Os 300 leitos do hospital é o recomendado para cobrir uma população de 1,5 milhão de habitantes. “O outro restante ficaria por conta do Onofre, embora não tenha 300 leitos, mas chega perto disso”, finalizou Lagreca.
Com esse tipo de regionalização, basicamente os recursos dos municípios vizinhos deverão ser encaminhados para os municípios onde estão sediados os hospitais regionais. Esses municípios maiores deverão ficar responsáveis pela contratação de novos profissionais.
O Hospital de São Paulo do Potengi, por exemplo, deverá ter dois novos clínicos gerais contratados pela Prefeitura de São Paulo do Potengi. O maior contingente de atendimento vem na unidade vem dos municípios de Riachuelo, Barcelona, Lagoa de Velhos, São Pedro, Elói de Souza, Rui Barbosa, São Tomé, Santa Maria, Bom Jesus, Serra Caiada, Caiçara do Rio dos Ventos.
Segundo Ion de Andrade, com esses dois novos profissionais será possível incluir o hospital oficialmente na rede de urgência e emergência do Rio Grande do Norte. “O município deve contratar médicos para a urgência e os médicos da secretaria estadual passam, então, a cuidar da maternidade e enfermarias”, explicou. Ainda segundo ele, essa inclusão vai possibilitar mais recursos do Ministério da Saúde.
No próximo mês, Santa Cruz deverá começar a receber os repasses. E São Paulo do Potengi em dois meses. Nem o coordenador da regionalização nem a diretora soube especificar qual o volume de recursos envolvidos. Vale ressaltar que o hospital regional não tem autonomia financeira.
No final deste mês, as discussões coletivas sobre a regionalização em todo o Estado serão finalizadas. Os próximos passos, segundo Andrade, deverão ser no município de João Câmara, São José de Mipibu e Macaíba. Para a adoção dessa política em Assu, o coordenador deverá esperar a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) ser instalada para analisar o quadro da atenção em saúde por na região.
Maternidades são pontos críticos
Tanto em Santa Cruz como em São Paulo do Potengi, as unidades funcionam sem profissionais suficientes. No Hospital Regional de São Paulo do Potengi, a maternidade só tem obstetras nas quarta, quinta e sexta-feira. E a cada quinze dias tem um obstetra nas terças-feiras. Segundo a diretora do hospital, Euzanira Figueredo, se deixava de fazer partos. Já no caso da Maternidade do Hospital Ana Bezerra, segundo Ion Andrade, “não era aberta dois dias na semana porque não tinha profissionais para fechar a escala de plantão”. Dessa forma, os atendimentos da cidades do Trairi – mas não só elas – contribuíam para a superlotação das maternidades da região metropolitana de Natal. Segundo Andrade, isso prejudica a qualidade no atendimento inclusive nos outros dias de funcionamento. Segundo ele, com essa pactuação e contração de novos profissionais a maternidade abrirá com regularidade. No entanto, ele não soube dizer quantos profissionais seriam necessários para fechar escala.
Conforme a diretora do hospital de São Paulo do Potengi porque os clínicos gerais realizam os partos. Ainda como resultado dessa pactuação entre os municípios, eles deverão passar por uma capacitação em neonatologia no próximo mês. Hoje o hospital de São Paulo do Potengi funciona com três obstetras. Na equipe, não consta nenhum pediatra nem há previsão de contratação desse profissional dentro da regionalização solidária. Desse modo, os novos clínico gerais também deverão auxiliar nos partos. “Acredito que a gente consiga aumentar em 50% o número de partos em relação aos que são feitos hoje”, disse a diretora do hospital.
A unidade de São Paulo do Potengi deu assistência à 24 partos de janeiro a março deste ano. Por ano, o número já chegou a 200 quando havia uma equipe completa, inclusive com pediatra. O Hospital Regional de São Paulo do Potengi está preparado para atender partos de baixo risco.
Hospital Terciário
O processo de regionalização tem a capital como cidade-chave para os procedimentos de alta complexidade. Desse modo, o governo do Estado planeja comprar o Natal Hospital Center para ser mais um hospital terciário de Natal. Compra ainda não foi definida, está em fase de negociação. “Nós estamos incluindo nessa negociação a própria União”, informou o secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, sem informar os valores em questão. Segundo o secretário, só o Hospital Universitário Onofre Lopes pode ser considerado de nível terciário e quartenário. Os 300 leitos do hospital é o recomendado para cobrir uma população de 1,5 milhão de habitantes. “O outro restante ficaria por conta do Onofre, embora não tenha 300 leitos, mas chega perto disso”, finalizou Lagreca.
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