Fonte: IstoÉ
Menos de uma semana depois dos atentados terroristas ao aeroporto e ao metrô de Bruxelas, na Bélgica, dois ataques colocaram o mundo em alerta novamente. O primeiro ocorreu na segunda-feira 28, quando tiros foram disparados no Capitólio, complexo que abriga o Senado e a Câmara de Deputados dos Estados Unidos, em Washington. O homem, que foi barrado no Centro de Visitantes por estar armado (soube-se depois que era uma espingardinha de chumbo), foi preso e uma mulher ficou ferida. Cheia de turistas nessa época do ano por causa da chegada da primavera no hemisfério norte, a região foi evacuada durante o tiroteio, e os funcionários ficaram trancados dentro do prédio. O alerta vermelho chegou à Casa Branca e à Suprema Corte, que também foram fechadas. No dia seguinte, um avião da EgyptAir, que transportava 81 pessoas na rota Alexandria-Cairo, no Egito, foi sequestrado e pousou no Chipre.
Embora tenham sido tratados inicialmente como suspeita de terrorismo, mobilizando autoridades e forças especiais, os dois casos foram obras de sujeitos mentalmente desequilibrados. Larry Dawson, o atirador do Capitólio, é um pastor de 66 anos do Tennessee conhecido da polícia. Há 15 anos, ele foi acusado de assediar uma adolescente e, em outubro do ano passado, interrompeu uma sessão do Congresso para gritar: “sou um profeta de Deus.” Dawson se livrou de uma condenação, mas foi ordenado a manter distância do complexo legislativo.
O mandado foi tão inócuo quanto as mudanças feitas nos aeroportos egípcios após a explosão do voo 9268 da Metrojet, que saiu de Sharm El Sheik com destino a São Petesburgo, na Rússia, em 31 de outubro de 2015. À época, o Estado Islâmico disse que colocou uma bomba caseira na aeronave, muito provavelmente com a conivência de algum funcionário do aeroporto. Por isso, na terça-feira 29, a ameaça de Seif Eldin Mustafá, que afirmou estar vestindo um cinto explosivo, foi levada tão a sério. Antes de liberar os passageiros e os tripulantes sem nenhum arranhão, o egípcio de 59 anos fez exigências desconexas. Disse que queria entregar uma carta à ex-mulher, que vive no Chipre, e pediu asilo ao país. À imprensa cipriota, Marina Paraschos afirmou que a história do casal nada tem de romance, é rica em “dor, horror e angústia.” Para ela, o divórcio, que ocorreu há 25 anos, foi uma “libertação.”
FOTOS: REUTERS/Yiannis Kourtoglou; REUTERS/Joshua Roberts
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