Fonte: G1
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada firmada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato, que repassou ao atual ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
O acordo, que pode reduzir eventuais penas de Machado, em caso de condenação, foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A íntegra os depoimentos, que soma 400 páginas, foi tornada pública no inicio da tarde desta quarta-feira (15).
Segundo Machado, além de Henrique Alves, outros 19 políticos de seis partidosreceberam propina de contratos da subsidiária da Petrobras com construtoras. O PMDB, responsável pela indicação de Machado, teria arrecadado, no total, R$ 100 milhões, informou o delator.
Segundo Machado, além de Henrique Alves, outros 19 políticos de seis partidosreceberam propina de contratos da subsidiária da Petrobras com construtoras. O PMDB, responsável pela indicação de Machado, teria arrecadado, no total, R$ 100 milhões, informou o delator.
O ministro do Turismo classificou como levianas e irresponsáveis as declarações de Sérgio Machado. Em nota, Henrique Alves afirmou que todas as doações para as campanhas dele foram oficiais, e as prestações de contas aprovadas, estando disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral.
Ele diz ainda que nas eleições de 2008 e 2012, como presidente de partido, os "eventuais pedidos de doações foram para as campanhas municipais, obedecendo a lei vigente, sempre com registro na Justiça Eleitoral". Por fim, o ministro diz que está à disposição da Justiça "confiante que as ilações envolvendo o seu nome serão prontamente esclarecidas".
Divisão dos pagamentos
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o ex-presidente da Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300 mil em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão. Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação.
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o ex-presidente da Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300 mil em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão. Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação.
Os recursos eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária da Petrobras. Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava procurá-lo com frequência em busca de recursos para campanha.
O ex-presidente da Transpetro disse que “sempre ajudava” Alves com as solicitações. Os encontros, segundo Machado, eram na sede da subsidiária.
“Que Henrique chegou a levar algumas empresas da área de tecnologia ou serviços na Transpetro para tentar que as contatasse, mas nenhuma avançou; que o depoente sempre ajudava em época de campanha quando ele ligava pedindo um encontro; que ele ligava diversas vezes pra Transpetro e o depoente ligou algumas vezes para ele; que o depoente ajudou sempre por meio de doações oficiais, cuja origem eram vantagens indevidas pagas pelas empresas contratadas pela Transpetro; que os encontros com ele eram sempre na Transpetro”, diz a delação premiada.
Conforme Machado, entre membros do PMDB, também teriam recebido propina, na forma de doações, Valdir Raupp (PMDB-RO), Garibaldi Alves (PMDB-RN), o deputado Walter Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA), além do ex-presidente da República José Sarney (veja aqui o que disse cada um deles).
“Que Henrique chegou a levar algumas empresas da área de tecnologia ou serviços na Transpetro para tentar que as contatasse, mas nenhuma avançou; que o depoente sempre ajudava em época de campanha quando ele ligava pedindo um encontro; que ele ligava diversas vezes pra Transpetro e o depoente ligou algumas vezes para ele; que o depoente ajudou sempre por meio de doações oficiais, cuja origem eram vantagens indevidas pagas pelas empresas contratadas pela Transpetro; que os encontros com ele eram sempre na Transpetro”, diz a delação premiada.
Conforme Machado, entre membros do PMDB, também teriam recebido propina, na forma de doações, Valdir Raupp (PMDB-RO), Garibaldi Alves (PMDB-RN), o deputado Walter Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA), além do ex-presidente da República José Sarney (veja aqui o que disse cada um deles).
Procurada, a Galvão Engenharia diz que não iria comentar a delação. A Queiroz Galvão informou que não comenta investigações em andamento e que todas as doações eleitorais que fez "obedecem à Legislação".
A Transpetro informou que analisa o conteúdo das delações de Sérgio Machado e de seus filhos, que é "vítima da prática de delitos" e que, como tal, será beneficiada pela multa a ser paga pelo delator. A empresa ressalta ainda que "atua em conjunto com a Petrobras e colabora com os Órgãos Externos de Controle, Ministério Público e Poder Judiciário".
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