OUÇA AQUI! A RÁDIO MELODIA CABUGI, 1º LUGAR EM AUDIÊNCIA NA CIDADE DE LAJES-RN

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Sem dinheiro, candidato a prefeito de Natal/RN faz toda sua campanha pelo celular


Campanha em uma mão

Fonte:Veja 

Deputado estadual por Natal, Kelps está concorrendo à prefeitura da cidade e resolveu driblar a falta de dinheiro do pleito com o uso das novas tecnologias e redes sociais.
Para a campanha, comprou um celular que grava vídeos em alta resolução e um microfone de 800 reais no mercado livre.
Com ele faz vídeos para redes sociais e grava todos os programas que vão ao ar na TV com o aparelho.
Dizendo que faz uma campanha 100% digital, o candidato do Solidariedade ainda vetou o uso de santinhos e carros de som.
Além dos vídeos e redes, percorre a cidade com um megafone e está bem colocado nas pesquisas de opinião.




terça-feira, 30 de agosto de 2016

Eu Em.. Senadores em intervalo fazem piadas


Fonte: O Globo 

BRASÍLIA — Se no plenário, sob os holofotes, senadores e integrantes dos governos Michel Temer e Dilma Rousseff ficam com o sangue fervendo e quase se atracam, nos bastidores o clima é bem diferente. Num dos intervalos da sessão desta segunda-feira, uma cena improvável: em rodinha ao lado da Mesa Diretora, o acusador, senador Aécio Neves (PSDB-MG), a ré Dilma Rousseff, seu advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, e o presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, conversando e rindo animadamente, como se fossem grandes amigos.
— Presidente, eu desejo paz e tranquilidade para a senhora e sua família neste processo — abordou Aécio, depois de cumprimentar Dilma.
Testemunhando a cena descontraída, Lewandowski não perdeu a brincadeira.
— Eu tinha ouvido que, na política, até as inimizades são criadas. Mas, como sou do Judiciário, eu não sei — disse o ministro, levando Dilma, Aécio e Cardozo a caírem na gargalhada.
— Não é que seja inimizade presidente. O que temos são projetos políticos diferentes — respondeu, diplomaticamente, Aécio.
No cafezinho ao lado do plenário, em reuniões para fechamento de acordos de votação, ou em jantares regados a vinho, o clima é de piadas, brincadeiras e camaradagem. Nesta segunda-feira, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RO), Nelson Barbosa — ambos ex-ministros do Planejamento, de Temer e Dilma, respectivamente — e o ex-deputado e ex-líder de Lula, Professor Luizinho, dividiam xícaras de chá e café e entabulavam uma conversa amena.
— Sou amigo do Nelson há muito tempo. Somos dois técnicos que tem boa convivência — ressaltou Jucá.

Luizinho emendou:
— Fui líder do presidente Lula e me relacionava com todo mundo. Podemos ter uma relação fraterna independentemente das nossas divergências profundas neste processo de impeachment.
‘AQUI É UMA CASA DE AMIGOS’
Na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), perdeu as estribeiras, chamou o julgamento do impeachment de “hospício” e teve um bate-boca pesadíssimo com a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Na mesma noite, o presidente do Senado e o petista secaram algumas garrafas de vinho em um jantar onde selaram a paz.
— Aqui no Senado as pessoas se xingam e se agridem de forma mais civilizada — brincou Renan.
O líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), fez um relato de como a boa relação entre adversários políticos pode ser mal entendida pelos eleitores. Ele contou que, depois do almoço, encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff, que voltava para o plenário. Aliados até pouco tempo, Eunício disse que a presidente o chamou e os dois se abraçaram e trocaram um beijo. O encontro foi devidamente registrado em foto, disseminada pela internet.
— Logo depois já recebi mensagem de gente perguntando se eu tinha virado o voto. Na minha cidade, Lavras, tem 16 blogs: muitos trataram disso. Um poeta local chegou a fazer um repente — contou o peemedebista.
Dilma e o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), também foram flagrados trocando sorrisos no plenário.

— Ela sorriu para mim, e como sou um cavalheiro, sorri de volta — disse Cássio Cunha Lima.
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) diz que os embates podem ser duros em plenário, mas até pelo número reduzido de senadores é muito difícil manter o clima de beligerância no tratamento.
— Aqui é uma casa de amigos, quase uma sala de aula: não dá para arranjar inimigos. Somos adversários em causas — finalizou cordialmente a senadora.


Governo do Rio não tem dinheiro para pagar funcionalismo

Governo do Rio não tem dinheiro para pagar funcionalismo


Fonte: O Dia 

Governador em exercício, Francisco Dornelles quebra a cabeça para ter como pagar aos servidores os salários de outubro, novembro, dezembro e décimo-terceiro. O fluxo de caixa previsto para o período não é suficiente para arcar com as despesas.
Uma equipe do governo estuda rever benefícios fiscais concedidos a empresas dos ramos de petróleo e de refrigerantes. O Palácio Guanabara torce para que o presidente Michel Temer consiga aprovar alterações no regime previdenciário o quanto antes. “Caso contrário, o décimo terceiro vai ter que ser pago à la Casas Bahia: em 32 prestações”, diz um governista. 

LOTE DE ACHOCOLATADO É INTERDITADO APÓS MORTE DE MENINO


Achocolatado

Fonte: Blog do Bg 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou hoje a interdição cautelar de um lote do achocolatado Itambezinho, fabricado pela marca Itambé. O produto interditado foi fabricado em maio de 2016 e é válido até o mês de novembro deste ano. A medida foi tomada após a morte de uma criança de dois anos na última quinta-feira, por parada cardiorrespiratória, após tomar o mesmo achocolatado. Embora não haja confirmação de que a bebida tenha causado a morte da criança, a Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária do Mato Grosso solicitou a interdição cautelar do lote completo de todos os achocolatados desta marca.
Segundo denúncia feita pela mãe do menino à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o filho estava bem e começou a passar mal logo após ingerir a bebida, sofrendo com falta de ar, fraqueza e princípio de desmaio. Ainda segundo o relato, ela e um tio da criança também apresentaram mal-estar momentâneo após ingerir um pouco do mesmo produto.
Ao sofrer dos sintomas, a criança foi levada para a Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, Mato Grosso, mas faleceu uma hora após a internação. Em depoimento, a mãe, de 28 anos, disse que o filho bebeu o achocolatado por volta das 9 horas da manhã. Antes disso, a vítima estava bem, apresentando apenas os sintomas de um resfriado leve havia dois dias. Após ingerir um pouco do mesmo achocolatado, a mãe relatou ter sentido náuseas e tontura. O tio do menino, com sintomas mais fortes, teria se dirigido ao Pronto-Socorro de Cuiabá.


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

o polêmico testemunho da secretária do braço direito de Hitler


Getty Images

Fonte: bbc 

"Não quebro o silêncio para limpar minha consciência", diz Brunhilde Pomsel, única testemunha viva do que ocorria no Ministério para Ilustração Pública e Propaganda de Adolf Hitler durante os anos do nazismo (1933-1945), o capítulo mais obscuro da história da Alemanha.
Ela trabalhou na pasta por três anos, sob o comando de Joseph Goebbels, responsável pela propaganda nazista e braço direito do Führer.
A ex-secretária é figura central do documentário Ein deutsches Leben ("Uma vida alemã", em tradução livre), que estreou em junho no Festival de Cinema de Munique e exibido também no Filmfestival de Jerusalém e no Festival de Cinema Judeu de San Francisco.
"Conhecemos a senhora Pomsel por coincidência, enquanto pesquisávamos outra história", contaram Christian Krönes e Florian Weigensamer, dois dos quatro diretores do filme, ao canal alemão Deutsche Welle.
"Não era uma nazista ávida. Mas também não se importou (com o que o regime nazista fazia) e olhou para o outro lado. Nisso recai sua culpa", disse Weigensamer ao jornal americano The New York Times.
Mas o documentário não se concentra na responsabilidade particular de Pomsel.
Getty ImagesImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionGoebbels era um homem 'gentil mas arrogante', descreve Pomsel
Segundo os diretores, "em um momento em que o populismo de direita está no auge na Europa", eles querem que o filme seja uma lembrança da "capacidade da complacência e da negação do ser humano".
Uma capacidade que também fica evidente em uma entrevista dada por Pomsel ao jornal britânico The Guardian.
"Ver o filme é importante para mim, porque posso ver no espelho tudo o que fiz de ruim", disse a ex-secretária. "Ainda que isso não tenha sido mais que trabalhar no escritório de Goebbels."

O trabalho

Suas atribuições, como ela mesma conta, incluíam desde registrar as estatísticas de soldados nazistas mortos a exagerar o número de abusos sofridos por alemãs nas mãos de soldados do Exército Vermelho soviético.
Criada de acordo com os preceitos do dever prussiano, ela aprendeu a ser secretária com um advogado judeu e trabalhou também em uma emissora de rádio antes de chegar, em 1942, ao Ministério de Propaganda do governo nazista.
Para isso, ainda que diga que era "apolítica", teve de se filiar ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães - o partido nazista. "Por que não? Todo mundo fazia isso", afirmou no documentário.
Quando trabalhava para Goebbels, observou de perto o círculo de poder que rodeava Hitler. Ela descreve o ministro da Propaganda como "um cavalheiro, elegante e nobre", mas também um "ator" que, quando alguém tirava "sua máscara de homem culto e educado, ficava louco".
Getty ImagesImage copyrightGETTY IMAGES
Image caption'Sabíamos quando chegava, mas depois só o víamos quando ia embora', diz Pomsel sobre Goebbels
"Ficávamos sabendo quando chegava ao escritório, mas não voltávamos a vê-lo até a hora em que ia embora", relatou.
Ela diz que não sabia a que se dedicava exatamente o braço direito do Führer. Mas admite que tinha conhecimento da existência dos campos de concentração, apesar de alegar desconhecer na época sua função real.
Segundo ela, acreditava-se então que "não se queria que as pessoas fossem diretamente para a prisão, então, iam para os campos para serem reeducados".
"Ninguém poderia imaginar algo assim", disse, sobre o objetivo real de exterminar os judeus da Alemanha.
Pomsel assegura que as pessoas que trabalhavam para o regime nazista tinham certeza que os judeus "desaparecidos" haviam sido enviados para as aldeias dos Sudetos, nome da cadeia de montanhas na fronteira entre a República Tcheca, a Polônia e a Alemanha.
A versão oficial dava conta de que o objetivo seria repovoar aqueles territórios montanhosos da Europa oriental, naquele momento ocupados pelos nazistas. "Tudo era secreto, e, por isso, acreditamos. Era totalmente crível", disse ela.
Pomsel insiste que nem sequer sabia do ocorrido durante a "Noite dos Cristais", uma série de linchamentos e ataques contra estabelecimentos judeus ocorridos na noite de 9 para 10 de novembro de 1938.

Ignorância

Segundo ela, essa ignorância do estado real das coisas era generalizada na Alemanha nas décadas de 1930 a 1940. "Todo o país parecia estar sob a influência de um feitiço", afirmou.
Getty ImagesImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionAlém de ministro da Propaganda, Goebbels (esq.) era mão direita de Hitler (centro)
Por isso, para a ex-secretária, as pessoas que dizem ter se rebelado contra o regime "podem até acreditar sinceramente nisso", mas ela acha que "a maioria não o teria feito".
Pomsel reconheceu no documentário que seu passado pesa sobre ela de certa forma. "Quando uma pessoa viveu uma época (...) e, no final, só pensou em si mesma, ela tem a consciência um pouco pesada", disse.
Mas esclareceu não se sentir culpada nem responsável pelas milhões de mortes causadas pelo regime.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, Pomsel passou cinco anos em uma prisão soviética. "Fui tratada muito mal, e não tinha feito nada", afirmou.
"Não me considero culpada, a não ser que se culpasse todos os alemães por tornar possível que aquele governo chegasse ao poder", declarou em sua mensagem final.
"Não há justiça, não há Deus. Mas está claro que o diabo existe", concluiu.

Governo e Farc iniciam cessar-fogo definitivo na Colômbia


Kolumbien Waffenstillstand FARC Feier in Bogota

Fonte: Agência DW

Entrou em vigor à meia-noite nesta segunda-feira (29/08) o cessar-fogo estabelecido entre as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano. A trégua é fruto do histórico acordo de paz alcançado na semana passada em Havana, que marcou o fim de 52 anos do conflito armado que matou mais de 200 mil pessoas.
Neste domingo, o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timoschenko", confirmou em Havana – onde ocorreram as negociações intermediadas pelo governo cubano – o início do cessar fogo.
"Ordeno a todos nossos comandantes, a todas nossas unidades, a todos e cada um de nossos e nossas combatentes a cessar o fogo e as hostilidades de maneira definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24h da noite de hoje", disse o chefe da guerrilha.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos comemorou o fim das hostilidades através do Twitter. "Neste 29 de agosto começa uma nova história para a Colômbia. Silenciamos os fuzis. Acabou a guerra com as Farc!", escreveu à meia-noite em ponto.
No mesmo horário, as redes sociais foram inundadas com mensagens sobre o fim das hostilidades, que muitos consideram "um novo amanhecer" no país.
O último cessar-fogo unilateral das Farc foi estabelecido no dia 20 de julho de 2015, como medida para gerar confiança durante processo de paz. O governo suspendeu bombardeios a acampamentos dos guerrilheiros, que diminuíram significativamente a intensidade do conflito.
Os acordos de paz fechados em Havana, após quase quatro anos de negociações, deverão ser assinados oficialmente pelo presidente Santos e Timochenko entre os dias 20 e 26 de setembro. No dia 2 de outubro, será submetido a aprovação dos colombianos através de consulta popular.
Para que o acordo de paz seja aprovado, a opção do "sim" deve obter pelo menos 13% do colégio eleitoral, ou seja, um mínimo de 4.396.626 votos.
O acordo de paz inclui questões complexas, como o acesso à terra para os agricultores pobres; garantias para a participação dos guerrilheiros desmobilizados na política; luta contra o tráfico de drogas; justiça e reparação; vítimas; fim do conflito e a implementação dos termos negociados.

 

Agentes penitenciários paralisam atividades por 48 horas e visitas são suspensas em Alagoas



Fonte: Via RN NEWS 

Desde as primeiras horas da manhã deste sábado (27) estão suspensas as visitas aos detentos do Sistema Prisional de Alagoas em decorrência de uma paralisação de 48 horas anunciada pelos agentes penitenciários depois de decisão assemblear realizada na última quarta-feira (24).

A categoria chegou à decisão em razão do Projeto de Lei de autoria do Executivo que tramita na Assembleia Legislativa  e  que tem como base a redução da periculosidade e insalubridade da categoria. Se aprovado o PL acarretará à agentes uma perda de quase R$ 300 no salário. A proposta é fixar o valor em R$ 708, quando na atualidade os agentes recebem 40% em cima do salário de R$ 998.

As informações foram confirmadas pelo vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Petrônio Lima durante entrevista a uma rádio local.

Também é de Petrônio a informação de que os agentes devem se reunir com o Cristhian Teixeira que responde pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) na próxima segunda ou terça-feira. A sinalização de que o governo pretende negociar fez os agentes rever a decisão de paralisação de 48 horas e uma nova assembleia deve acontecer amanhã, às 8h, onde a categoria deve definir pela continuidade ou não da paralisação.


“Cassar meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política”, diz Dilma



Fonte: No  Minuto 

Emocionando-se por mais de uma vez durante o discurso diante de senadores na sessão de julgamento do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou hoje (29) que jamais renunciaria ao mandato, mesmo sob a forte pressão feita por seus adversários políticos. 
“Jamais o faria porque tenho compromisso inarredável com o Estado de Direito. Confesso que a traição e as agressões verbais me assombraram e, em alguns momentos, muito me magoaram, mas sempre foram superadas pela solidariedade de milhões de brasileiros pelas ruas”, afirmou.

Dilma falou por mais de 40 minutos na abertura do quarto dia de julgamento e exaltou a força recebida das mulheres. “Nosso povo esbanjou criatividade e disposição para a luta contra o golpe. As mulheres me cobriram de flores e me protegeram com solidariedade”, disse.

A petista afirmou que respeitará qualquer posicionamento, agradeceu o esforço de seus aliados no Senado e direcionou um apelo aos indecisos. “Cassar meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política”, afirmou, lembrando que, por mais de uma vez, encarou de frente a morte, como no período em que enfrentou um câncer. “Hoje, eu só temo a morte da democracia pela qual muitos de nós aqui lutamos. Não nutro rancor pelos que votarão pela minha destituição”, afirmou.

Ao final da fala da petista, apesar dos apelos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, Dilma foi bastante aplaudida por seus apoiadores que acompanham a sessão nas galerias dentro do plenário do Senado. Foi necessário suspender o julgamento por alguns minutos para que a ordem fosse restabelecida.

Acusações

Em seu pronunciamento, Dilma afirmou que os decretos [de créditos suplementares] na área econômica não afetaram a meta fiscal, foram editados de acordo com as regras e “apenas ofereceram alternativas para uso de recursos”. Segundo ela, diferentemente do que adversários políticos afirmam ao atribuir aos decretos os atuais problemas fiscais do país, eles ignoram a forte queda de receita e contingenciamento de recursos feito em 2015, “o maior contingenciamento da nossa história”.

Dilma repetiu argumentos defendidos em seu nome ao longo do processo, afirmando que a orientação dada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a edição destes decretos foi alterada em outubro de 2015, meses depois de serem publicados.

“Os decretos foram editados em julho e agosto de 2015 e somente em outubro o TCU aprovou nova interpretação. Querem me condenar a assinar decretos que atendiam demandas da população e do próprio Judiciário? Decretos que somados não implicaram em nenhum centavo de gasto a mais que comprometeria a meta fiscal”, afirmou.
Golpe
Na parte final do discurso, Dilma Rousseff fez um apelo ao senadores. "Não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira", disse.
"Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal. Votem, sem ressentimento, o que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos neste momento do que aquilo que todos nós sentimos pelo país e pelo povo brasileiro", afirmou. "Peço que votem contra o impeachment e pela democracia", concluiu.


Ao rebater as acusações sobre atrasos no repasse de recursos aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios de programas sociais como o Plano Safra, Dilma afirmou que a lei atribui ao Ministério da Fazenda a competência sobre esta política. Segundo ela, novamente o TCU expediu uma orientação posterior a seu ato.


domingo, 28 de agosto de 2016

Prefeitura decide apreender carros do Uber em Natal alegando irregularidade



Fonte: Via Novo 

A Prefeitura de Natal está apreendendo os veículos que circulam carregando passageiros na capital através do aplicativo Uber. Na madrugada de ontem, três desses carros já foram apreendidos, e um deles se envolveu no primeiro caso conhecido de confronto entre taxistas e condutores Uber na cidade. De acordo com o inspetor chefe da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), Daniel Albuquerque, a lei 5.022, que rege o transporte de passageiros em Natal, determina que todo e qualquer automóvel que realize o serviço precisa ser regulamentado pelo órgão competente.
 
Albuquerque informou que, como não há regulamentação para a operação da empresa Uber, a orientação é que os carros sejam apreendidos pela Secretaria. “Não identificamos como Uber ou outra coisa, é transporte clandestino”, explica. Após a apreensão, é aplicada uma multa de R$ 358. A retirada do carro acontece mediante o pagamento da taxa. Ainda segundo o que informou o inspetor chefe, a Uber vem realizando o serviço referente ao de táxi em Natal e, neste seguimento, são 1.010 carros credenciados. 
 
Um trabalho semelhante, de acordo com Daniel Albuquerque, vem sendo feito junto aos motofretistas. De uns meses para cá, os profissionais que realizam entrega em motocicletas também estão sendo credenciados. Houve casos de apreensão e aplicação de multa. Com relação à Uber, a chegada da empresa tem causado protesto por parte dos taxistas, por conta do valor mais barato da tarifa que é cobrada, e gerado também polêmicas envolvendo as questões jurídicas da operação do serviço.
 
Na madrugada de ontem, um leitor do NOVO relatou uma agressão sofrida por um parente, que é motorista vinculado ao aplicativo. Segundo o condutor, que terá a identidade preservada, ele notou que estava sendo perseguido por um automóvel nas imediações da Rodoviária de Natal. “Ele dava luz alta e dirigia em alta velocidade”, lembra. O carro da Uber carregava um passageiro no momento, e quando chegou ao destino indicado pelo usuário foi abordado por um taxista. Era o homem que o seguia. “O rapaz ainda estava finalizando a corrida, quando ele trancou o meu carro, e desceu gritando”, relata.
 
O taxista, segundo o jovem, começou a hostilizá-lo, falando que a Uber opera ilegalmente na cidade e que ele ia “pagar” por isso, tendo o carro apreendido. “Disse para eu não sair que mais taxistas estavam chegando”, conta.
Pouco tempo depois, segundo o relato, mais cinco táxis chegaram ao local. As intimidações aumentaram. “Com mais gente, eles ficavam mais à vontade para ser agressivos”, afirma o condutor da Uber. As intimidações se seguiram, cercando o carro, acabaram acordando pessoas que moram na rua onde ocorreu o fato, inclusive a família do passageiro. “O próprio passageiro ficou assustado, começou a gritar. A mãe dele acordou e pedia para que eles fossem embora”, relata.
 
Em um dado momento da discussão, o condutor da Uber lembra de ter sacado o celular para filmar a situação. “Um deles deu um tapa na minha mão e tentou quebrar o celular”. Os taxistas, ainda segundo o condutor Uber, argumentavam que a empresa atrapalha o “ganha pão de pais de família”. Ao tentar contra-argumentar, o homem lembra que os dos motoristas de táxi pediu que ele repetisse o que dizia enquanto levou uma das mãos até a parte de trás da calça. “Não sei se ele tinha alguma arma ou estava querendo me fazer medo”, disse.
 
O condutor voltou para o interior do veículo e acionou a Polícia Militar, que pouco tempo depois enviou uma viatura com três policiais ao local. Enquanto a PM se inteirava do que havia ocorrido, os discais da STTU também chegaram. O condutor Uber afirma que os taxistas foram dispensados e os fiscais apreenderam o seu veículo, que foi levado ao pátio da Secretaria, na Ribeira. “Eles foram educados e permitiram que eu mesmo levasse o meu carro até a Ribeira. Explicaram que cumpriam a ordem de fiscalização”, acrescenta.  Os policiais militares liberaram os taxistas e, contra eles, nada foi feito.
 
O jovem então seguiu para a Delegacia de Plantão da Zona Sul e prestou queixa sobre o ocorrido, na presença de uma advogada da Uber, que o acompanhou no procedimento. 
 
Vídeo
Os taxistas que participaram da confusão com o motorista Uber fizeram um vídeo durante a abordagem. Na filmagem, que mostra os táxis cercando o veículo cadastrado pela empresa de transporte de passageiros, um dos taxistas, que não se identificou, diz que a ação faz parte de uma prática que está sendo adotada pela categoria.
 
“Serviço como esse vai ser tratados dessa forma: vamos parar o veículo, não vamos agredir ninguém, nem o motorista, nem o veículo do motorista. Mas também ele não vai a lugar nenhum, a não ser pro pátio da STTU, é assim que nós taxista vamos fazer agora aqui em Natal enquanto essa Uber for metida a boazuda”, diz o homem no vídeo.
 
Outro caso
Na manhã deste domingo, o NOVO recebeu outro vídeo mostrando como os taxistas estão bloqueando carros do Uber em Natal. Na filmagem é possível ver novamente os táxis cercando um carro e os motoristas desses veículos anunciando que não vão desistir de lutar contra o novo serviço de transporte de passageiros.
 
Assista: