OUÇA AQUI! A RÁDIO MELODIA CABUGI, 1º LUGAR EM AUDIÊNCIA NA CIDADE DE LAJES-RN

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Nadadores norte-americanos mentiram sobre assalto, diz a Polícia Civil



Fonte: IstoÉ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu as investigações sobre o que de fato teria acontecido aos nadadores Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger da equipe dos Estados Unidos. Segundo os investigadores, os atletas inventaram a história do assalto para encobrir um episódio de vandalismo em uma loja de conveniência de um posto de gasolina, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Ao refazer o trajeto dos nadadores naquela madrugada, a polícia descobriu que, após saírem de uma festa na região da Lagoa Rodrigo de Freitas. No caminho pediram ao taxista que parasse em um posto de gasolina. No local, ocorreu uma sequência de atos de vandalismo, que acabou com uma placa publicitária e a porta de um banheiro destruídas. Os quatro teriam entrado em discussão com o segurança do local, que chegou a chamar a polícia pelo 190.
O caso é acompanhado pessoalmente pelo chefe de Polícia Civil do Rio, Fernado Veloso, e conduzido pelo delegado Alexandre Braga, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio declarou que não vai pedir que Ryan Lochte e outros nadadores norte-americanos. “Nenhuma desculpa é necessária”, disse Mario de Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016.
“Esses garotos vieram se divertir, competiram sob enorme pressão. Existe uma investigação. Vamos dar um tempo para esses garotos. São atletas magníficos. Lochte é um dos maiores do mundo”, disse Andrada. “Podem errar. Mas a vida segue. Eles fizeram um erro. Mas a vida segue”, acrescentou o dirigente.
Inicialmente, Lochte e outros nadadores norte-americanos declaram que foram alvos de um assalto à mão armada com seus companheiros no Rio. Porém, havia muitas dúvidas quanto ao incidente, ainda mais que o próprio medalhista olímpico mudou a sua versão em entrevista para a emissora NBC na última quarta-feira.
Na primeira versão, Lochte, que já está nos Estados Unidos, havia dito que, enquanto estava em um táxi junto a seus companheiros, a caminho da Vila Olímpica, foi abordado por um carro de supostos policiais disfarçados. Porém, agora ele já afirma que o táxi foi abordado por um grupo de pessoas enquanto estava parado em um posto de gasolina.
Outro detalhe alterado foi sobre a arma que teria sido apontada para sua cabeça. Antes, Lochte dissera que o ladrão teria colocado a arma contra sua nuca. Porém, na versão mais recente, diz apenas que o objeto teria sido apontado “em sua direção”. Também há divergências sobre o número de bandidos que teriam feito a abordagem.
Diante das incoerências encontradas nos depoimentos, a Polícia Federal impediu, na última quarta, o embarque de outros dois nadadores americanos no aeroporto do Galeão. Gunnar Bentz e Jack Conger foram retirados do avião porque estão envolvidos na investigação da polícia sobre o caso, o suposto roubo aos atletas.
Câmeras de segurança também revelaram que os nadadores chegaram à Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, com uma atitude positiva, “fazendo brincadeiras uns com os outros”, diz a decisão da juíza Keyla Blanc de Cnop. Eles ainda estavam usando relógios e portavam suas carteiras e telefones celulares, o que causou estranhamento, uma vez que estes são objetos, em geral, levados por assaltantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário