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sábado, 20 de agosto de 2016

O último Adeus AO POETA LAJENSE ANTÔNIO DA CRUZ




Fonte: Cabugi Notícia

Hoje dia 19 tivemos a tristeza de nos despedir do poeta, do escritor, do carpinteiro onde o mesmo construiu seu próprio caixão, do único e agora ex sobrevivente masculino da raiz mestre do sobrenome CRUZ,  no seu sepultamento a tristeza era de todos, da cultura, da criatividade, da música, da inteligência, da humildade, da atitude,  nos amigos e principalmente dos familiares assim choros e mais choros, crianças, adolescentes, adultos, idosos, todos ficaram de coração partido.

Antes do sepultamento, na igreja local algumas homenagens, mensagens, pena que não pude registrar pois tinha viajado ... 

Estamos falando do assim já chamado pelo amigo e jornalista Tárcio Araújo, O POETA VALENTE - Antônio da Cruz, costumes tinha de sobra alguns deles, o mesmo só tirava a barba com navalha  do barbeiro, outra coisa aonde ele andava não voltava pelo mesmo caminho, aos seus 97 anos viveu tempos bons e sobreviveu tempos ruins, antes de morrer mandou construir o próprio túmulo, deitou em cima dele e falou, "tudo pronto para a qualquer hora partir", até uma filha brincou, discordando do que ele tinha dito, ele respondeu que o ciclo da vida é que na família os mais velhos morram primeiro, o correto da vida é assim. MUITAS E MUITAS HISTORIAS, PROSAS, AGORA NOS RESTA A LEMBRANÇA...

Em seu próprio caixão, desenhado pelo lápis pendurado na orelha, serrado pelo serrote que começou a dar formas, com martelo  fincou os pregos que uniu as partes do caixão, esse foi o pedido a seus familiares, que seputasse em seu próprio caixão quando viesse a falecer, o mesmo ainda construiu o caixão de sua esposa, de acordo com os familiares ele fez muitas construções de dezenas  e que doava a amigos caixões.
Ultimos momentos, ultima vista da semente que foi plantada minutos depois.
 
Esposa, Filhos e filhas, netos e netas e tataranetos, continua o sangue da familia correndo em outros corpos...

 O prefeito Benes, vice Marcão, alguns vereadores estiveram no sepultamento.
 Não tinha como não chorar, estou escrevendo mais c om lagrimas nos olhos... cenas de despedidas são duras...

 Sua esposa muito calma alisou sua testa e deu o ultimo cheiro...
 Nos ultimos passos o choro foi  incontrolado, nãi tive coragem de registrar os rostos de choro desse momento final
 Aqui foi plantado a cemente da cultura, uma enciclopédia viva

ATÉ MAIS SEU RAPAZ, ATÉ OUTRO DIA SEU POETA, ATÉ OUTRO DIA MEU AMIGO, MEU CINHO DE UM DIA.... DORME NA PAZ


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