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segunda-feira, 4 de março de 2019

Guaidó enfrentará risco de prisão ao voltar à Venezuela para desafiar Maduro


Líder oposicionista venezuelano Juan Guaido em entrevista em Salinas, Equador
REUTERS/Daniel Tapia

Fonte: Reuters 

O Líder opositor venezuelano Juan Guaidó pretende correr o risco de ser preso ao voltar para casa nesta segunda-feira, já que ignorou uma proibição de viagem de um tribunal e visitou aliados latino-americanos para angariar mais apoio à sua campanha para depor o presidente Nicolás Maduro.O retorno de Guaidó, cujos detalhes sua equipe tem mantido sob sigilo, pode se tornar a próxima conflagração de seu duelo com Maduro enquanto ele tenta manter o apoio e convencer apoiadores internacionais a isolarem ainda mais o governo venezuelano.A prisão de Guaidó poderia permitir à oposição ressaltar como a gestão Maduro reprime seus adversários políticos e levar os Estados Unidos a imporem sanções ainda mais rígidas - mas também pode privar o país de uma liderança pública que trouxe unidade depois de anos de conflitos internos.No domingo, Guaidó, que foi reconhecido como o chefe de Estado legítimo da Venezuela por muitas nações ocidentais, disse que enfrentará o "desafio histórico" de voltar a tempo para comandar protestos na segunda e terça-feiras, em pleno feriado de Carnaval - época incomum para manifestações."Se o regime ousar, claro, nos sequestrar, será o último erro que cometerá", disse Guaidó durante uma transmissão pelo Twitter, sem revelar sua localização. Ele disse que ele e sua equipe prepararam "os passos a seguir" caso ele seja detido.Guaidó partiu para a Colômbia em segredo, violando uma ordem da Suprema Corte, para coordenar no dia 23 de fevereiro, no país vizinho, os esforços para enviar ajuda humanitária à Venezuela para aliviar a escassez generalizada de alimentos e remédios.Mas soldados leais a Maduro impediram a entrada de comboios de caminhões de ajuda enviados da Colômbia e do Brasil, o que provocou confrontos que mataram ao menos seis pessoas ao longo da fronteira brasileira, segundo grupos de direitos humanos.Da Colômbia ele viajou para Argentina, Brasil, Equador e Paraguai para angariar apoio latino-americano para um governo de transição que antecederia a realização de eleições livres e justas.Ainda no domingo ele partiu de avião da cidade equatoriana litorânea de Salinas, mas não falou publicamente desde então, com exceção da transmissão pelo Twitter. Para chegar a Caracas na manhã desta segunda-feira ele poderá pegar voos comerciais de Bogotá ou da Cidade do Panamá.Maduro, que rotula Guaidó de fantoche golpista dos EUA, disse que sua prisão depende do sistema de justiça.

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