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sexta-feira, 15 de março de 2019

O Supremo entre o deboche e a lama



Fonte: O REACIONÁRIO

O leitor que acompanha o blog sabe que este escriba é crítico dos procuradores jacobinos e dos aloprados de qualquer ordem. E que neste espaço se defende a legalidade acima de tudo e a democracia acima de todos. Mas que diante do que aconteceu hoje no Supremo Tribunal Federal não há como não concluir que nossa Suprema Corte é uma farsa. 

Começou com a polêmica da retirada de crimes relacionados a caixa dois da Justiça comum que agora serão remetidos pela Justiça Eleitoral. Embora os argumentos legalistas sejam óbvios, o fato é que a Justiça eleitoral é conhecida exatamente por não funcionar. Aliás: poucos países possuem este apêndice incômodo chamado Justiça Eleitoral. Apenas democracias sólidas e estados fortes como a Costa Rica. Claro, o ministro Gilmar Mendes (grande Gilmar) estava lá para defender esta excrescência com unhas e dentes. Aliás, falaremos de Gilmar mais adiante. 

Logo no início o ministro Dias Toffoli anunciou que a corte irá pedir a investigação de quem espalha notícias falsas e difama ministros. Mas não citou sequer um só caso específico que justificasse a ação, apenas disse que ataques ao Judiciário não serão tolerados. 

Não se sabe o que o ministro tem em mente ao partir de uma suposição tão generalista para a ação na Justiça, mas se sabe bem o que representa: uma ameaça ao estado democrático de direito. Quer dizer que qualquer um agora deverá pensar duas ou três vezes antes de se manifestar contra a honra daqueles senhores intragáveis? Não poderemos mais lembrar que o tal Toffoli era um simples advogado do Partido dos Trabalhadores e funcionários do criminoso José Dirceu, que foi reprovado no concurso público para juiz por três vezes e que foi alçado ao STF apenas para ser preposto do PT? Não poderemos lembrar que com o Jurista da Rota do Frango com polenta (a.k.a Ricardo Lewandowski) se deu o mesmo? Ou que o ministro Gilmar Mendes possuí negócios empresarias no mínimo exóticos? Ah, também tratarei disso mais adiante.

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