“O que vimos acontecer foram cinco instituições diferentes – Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, Ministério Público do Tribunal de Contas, a Área Técnica do Tribunal de Contas e a Associação Nacional de Procuradores – falarem que todos os gastos foram regulares. E você tem quatro ministros, quatro delatados pela Lava Jato, que julgam os principais atores da Lava Jato e condenam a pagar, colocam na nossa conta todo o custo do funcionamento da operação. Isso contra todas as recomendações de todos os órgãos técnicos”, argumentou. Deltan relembrou o caso Banestado e ressaltou que a Operação Lava Jato realizou o mesmo modelo de pagamentos aos seus membros, não havendo, segundo o ex-procurador, qualquer irregularidade. “A procuradora-geral da República veio aos autos e disse que não existia como implantar um sistema alternativo. Não só a procuradora, mas a área técnica dos servidores concursados do Tribunal de Contas da União. E de novo, vem os quatro ministros indicados politicamente e que foram delatados na Lava Jato, julgando a Lava Jato. É o rabo abanando o cachorro”, pontuou.
Ao ser questionado sobre sua corrida à Câmara dos Deputados, Dallagnol confirmou que segue como candidato e que não acredita na possibilidade de impugnação de sua candidatura. “A lei fala que só fica inelegível quem é condenado no Tribunal de Contas em decisão irrecorrível e o prazo de impugnação é agora, está ai, vão ser dez dias a partir de quinta ou sexta-feira. Para um tribunal julgar esse recurso que vamos apresentar, antes de julgar irá passar para nova avaliação da área técnica para ir ao plenário a ser submetido uma discussão. Isso vai demorar meses”, disse. Mais cedo, o ex-procurador informou que irá recorrer da decisão do TCU. “Isso que está acontecendo eu tomo como uma reação do sistema de pessoas ligadas a uma velha política que não querem que a Lava Jato vá ao Congresso Nacional“, concluiu Deltan.
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