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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Novo chefe do GSI: Lula escolhe general Amaro, que cuidou da segurança de Dilma no 2º mandato


 Foto: Marcos Corrêa/PR

O general Marcos Antônio Amaro dos Santos será o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A escolha de Amaro foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com ministros nesta quinta-feira, 27, no Palácio da Alvorada. Com o anúncio, Lula põe fim a uma queda de braço no governo sobre a configuração do GSI e mantém a estrutura formada por militares.

Amaro chefiou a Casa Militar no segundo mandato de Dilma Rousseff, interrompido pelo impeachment, e vai substituir o general Gonçalves Dias, que caiu há uma semana. A queda de G. Dias ocorreu após imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele circulou pelo terceiro andar do prédio, onde está o gabinete de Lula, sem deter e nem mesmo repreender os invasores, no dia 8 de janeiro. Os vídeos foram divulgados pela CNN Brasil.

Nesta quinta-feira, o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, determinou a exoneração de mais 58 servidores do gabinete. Ao todo, 87 militares do GSI foram dispensados após os atos golpistas de 8 de janeiro em um movimento que ficou conhecido no Planalto como “desbolsonarização” do governo.

Na gestão de Jair Bolsonaro, Amaro foi chefe do Estado-Maior do Exército e comandante militar do Sudeste. Quando trabalhou com Dilma, o general costumava acompanhá-la nos passeios de bicicleta em torno do Alvorada.

Mesmo após a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e uma ala do PT defenderem a escolha de um civil para o GSI, os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Casa Civil, Rui Costa, sempre disseram que o gabinete deveria ser comandado por um militar. “As Forças Armadas estão pacificadas”, afirmou Múcio ao Estadão. “Não é hora de mudar o comando.”

Lula deve formalizar a escolha de Amaro ainda nesta sexta-feira, 28. Com a decisão, Cappelli retorna ao Ministério da Justiça, onde exerce o cargo de secretário-executivo. Após os ataques de 8 de janeiro, ele também foi nomeado interventor na segurança pública do Distrito Federal.

Estadão Conteúdo

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