ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Os empresários não compareceram à sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela segunda vez nesta quarta-feira (30). A CPI que investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas quer questionar os dois sobre a suspensão da emissão de passagens aéreas já compradas pelos consumidores, anunciada em 18 de agosto pela empresa.
O depoimento de ambos estava agendado para a terça-feira (29), mas eles justificaram a ausência “em razão de não terem sido intimados de qualquer forma para o ato” e “diante da impossibilidade de comparecimento pessoal de seu advogado pela existência de compromisso pessoal previamente agendado e inadiável”. Desta forma, a oitiva foi remarcada para esta quarta-feira, às 18h.
Na sessão de hoje, foi encaminhado um novo ofício para justificar a segunda falta. A defesa dos dois informou que os empresários participariam de uma audiência presencial com o ministro do Turismo, Celso Sabino, no mesmo horário em que deveriam comparecer à CPI.
Em anexo, a defesa incluiu documentos que mostram que o pedido de audiência com Celso Sabino foi feito na última quarta-feira (23) e aceito nesta quarta (30), às 16h.
Segundo o ofício, os sócios estarão disponíveis para comparecer à CPI das Criptomoedas a partir de 4 de setembro.
“Me causa muita estranheza os sócios da 123milhas, convocados para dar esclarecimentos a essa CPI, atravessarem um pedido de agenda ao ministro do Turismo para não comparecer a essa CPI na data de hoje, sendo a segunda data marcada para o depoimento”, disse o presidente da CPI após ler o documento. “Eles abriram a solicitação de agenda com o ministro para fugir desse depoimento.”
“Não cabe outra medida a essa comissão que não seja a condução coercitiva”, completou Aureo Ribeiro. Ele disse que o ofício que pede a medida já foi expedido para a Justiça e que também pediu para que os empresários sejam impedidos de deixar o país antes de serem ouvidos pela CPI.
Ribeiro ainda lamentou que o Celso Sabino tenha concedido o pedido de uma reunião no momento em que Ramiro e Augusto deveriam ser ouvidos pela comissão, mas que quer acreditar que o ministro não possuía essa informação e que foi “usado” por eles.
FONTE: CNN
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