Foto: Roscosmos State Space Corporation/AP
A primeira missão lunar da Rússia em décadas fracassou depois que a sonda Luna-25 colidiu com a superfície da Lua. O incidente aconteceu depois que a comunicação com a espaçonave foi interrompida, um golpe nas ambições espaciais do país.
A agência espacial da Rússia, Roscosmos, disse que perdeu a comunicação com o Luna-25 no sábado por volta das 14h57, no horário de Moscou.
“As medidas tomadas em 19 e 20 de agosto para procurar o dispositivo e entrar em contato com ele não deram resultado”, afirmou.
De acordo com cálculos preliminares, o Luna-25 “mudou para uma órbita fora do projeto” antes da colisão, disse a Roscosmos.
Uma comissão especialmente formada investigará os motivos da perda do Luna-25, acrescentou a agência.
A notícia chega um dia depois que a espaçonave relatou uma “situação de emergência” enquanto tentava entrar em uma órbita pré-pouso, de acordo com a Roscosmos.
“Durante a operação, ocorreu uma situação de emergência a bordo da estação automática, que não permitiu que a manobra fosse realizada com os parâmetros especificados”, disse a Roscosmos em um post do Telegram no sábado.
A espaçonave deveria ser a primeira missão de pouso lunar da Rússia em 47 anos. O último módulo lunar, Luna 24, pousou na superfície da Lua em 18 de agosto de 1976.
A espaçonave Luna-25 foi lançada do Cosmódromo Vostochny no Oblast de Amur, na Rússia, em 10 de agosto. A trajetória da Luna 25 permitiu que ela superasse a sonda lunar Chandrayaan-3 da Índia, lançada em meados de julho, a caminho da superfície lunar.
O pouso seguro de uma espaçonave na superfície lunar representaria um grande passo para o programa espacial da Rússia.
Luna-25 também é vista como um campo de testes para futuras missões robóticas de exploração lunar da Roscosmos. Várias futuras missões Luna estão programadas para usar o mesmo design de espaçonave.
A Rússia também está tentando provar que seu programa espacial civil, que alguns especialistas dizem ter enfrentado problemas por décadas, ainda pode realizar missões de alto perfil e alto risco.
Com informações de CNN Brasil
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