Foto: PRF
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados resolveu manter o convite para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, compareça ao colegiado para dar explicações sobre a fuga da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, mesmo após a prisão dos dois fugitivos, nesta quinta-feira, 4.
Segundo o presidente da Comissão, Alberto Fraga (PL-DF), os parlamentares querem saber, principalmente, a razão do valor “excessivo” gasto nas buscas (cerca de R$ 6 milhões, de acordo com o Ministério) e ainda sobre a falha do presídio de segurança máxima que permitiu a fuga.
Na semana que vem, Lewandowski deve informar a data que vai comparecer a Comissão. Caso não vá, os deputados votarão um requerimento de convocação. Se aprovado, o ministro será obrigado a ir.
Ontem, após 50 dias de buscas, a PF e a PRF prenderam Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Eles foram encontrados na cidade de Marabá, no Pará, que fica a 1.600 quilômetros de Mossoró. A dupla foi presa com mais quatro pessoas, em um comboio com três carros, antes de entrar em uma ponte na cidade.
Na delegacia, estavam acompanhados de três advogados e, segundo relatos de investigadores, avisaram que ficariam em silêncio porque estavam sendo financiados pela facção criminosa Comando Vermelho.
A fuga foi a primeira registrada na história de um presídio de segurança máxima, no país.
Marcela Rahal – VEJA
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