Foto: Alex Régis
As vendas no varejo do Rio Grande do Norte apresentaram um crescimento de 2,6% em agosto frente a julho, sendo este o melhor resultado do país, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE. Além do RN, tiveram destaque outros estados do Nordeste, como Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%), além de outros 13 estados do Brasil. Nacionalmente, o volume de vendas do comércio varejista variou 0,2% frente a julho, interrompendo quatro resultados negativos seguidos.
O comércio varejista inclui combustíveis e lubrificantes, supermercados, tecidos, vestuários e calçados, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, perfumaria, livros, jornais, revista e papelaria, entre outros. Segundo a pesquisa do IBGE, o RN também teve destaque no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. A variação no âmbito potiguar entre julho e agosto de 2025 foi de 2,2%, ficando em terceiro lugar no Brasil, atrás de Goiás (4,8%) e Maranhão (2,3%). Pelo lado negativo, estão 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-4,8%), Rondônia (-2,9%) e Amazonas (-2,5%).
Lojistas e empresários vivenciaram situações diferentes no mês de agosto. Para Brenda Alves, gerente de uma loja de vestuário masculina e feminina no centro de Natal, as vendas em agosto atingiram a meta da empresa e cresceram quase 50% em relação ao ano anterior. “Agosto foi bom. Atingimos a meta do mês e crescemos. As expectativas para os próximos meses são de melhorar ainda mais em relação ao fim do ano e superar os resultados, com Black Friday, Natal e Ano Novo. Nessa época festiva o comércio tende a melhorar”, cita.
Por outro lado, o gerente Ailton de Castro, que há 40 anos trabalha na Cidade Alta no ramo de eletrônicos e itens variados, aponta que agosto foi “o pior mês do ano” em sua loja. Ele atribui a situação à crise do bairro de maneira geral. Para novembro, ele diz que a expectativa também é negativa em razão dos feriados. “O centro não é parâmetro, ele está numa decadência. Se foi bom no comércio em geral, no centro a história é outra. Sentimos uma pequena piora em relação ao ano passado. As perspectivas ainda não são boas. Aguardamos dezembro para ver se reage com as festividades do fim de ano”, comenta.
Brasil
Em agosto de 2025, o volume de vendas do comércio varejista variou 0,2%, frente a julho, na série com ajuste sazonal, interrompendo quatro resultados negativos seguidos. A média móvel trimestral apresentou estabilidade (0,0%). Frente a agosto de 2024, o volume de vendas do varejo variou 0,4%, a quinta taxa positiva consecutiva. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,6%. O acumulado em 12 meses foi de 2,2%.
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho. A média móvel mostrou queda de 0,3%. Frente a agosto de 2024, houve queda de 2,1%. No ano, o varejo ampliado acumula -0,4%. O acumulado em 12 meses foi de 0,7%.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário