Foto: Agência Brasil
A fila do INSS chegou ao maior volume já registrado: 2,862 milhões de pedidos aguardam análise, entre aposentadorias, pensões e benefícios por incapacidade. O acúmulo, embora virtual, representa um gargalo histórico que afeta cidadãos como Danice Matheus de Oliveira, que espera há cinco anos por uma aposentadoria por invalidez. O processo demorou tanto que ela já reúne tempo suficiente para se aposentar por serviço.
De janeiro a novembro, o número de novos requerimentos cresceu 23%, com média mensal de 1,3 milhão. Metade dos pedidos é de benefícios por incapacidade temporária. Já a fila do BPC supera 897 mil processos, com tempo médio de espera de 193 dias — represados desde junho, após decisão judicial que impôs novas regras para o cálculo da renda familiar.
O INSS admite o colapso, mas atribui dois terços do problema a fatores externos, como a perícia médica federal e a adaptação do sistema às novas exigências, incluindo biometria e mudanças nos cálculos. O Nordeste concentra a maior retenção, e servidores de outras regiões devem reforçar a análise dos processos. Para o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, a chegada de 500 novos médicos deve aliviar parte da fila.
A partir desta sexta-feira (21), a biometria passa a ser obrigatória para solicitações de aposentadoria. Para outros benefícios — como seguro-desemprego, pensão por morte, Bolsa Família e salário-maternidade a exigência foi adiada para maio de 2026.
Com informações do G1
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