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sábado, 21 de março de 2015

‘Aeroporto não é pedra para o RN. É uma porta de entrada’


O aeroporto de S. Gonçalo, que é alvo de críticas e atravessa período de incertezas, foi um dos temas de audiência pública, ontem

Fonte: Tribuna do Norte 

Fechado ao tráfego aéreo civil desde agosto de 2014, o Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, deverá abrigar um Centro Cultural, um Centro Integrado de Formação de Pilotos de Helicóptero, um Centro de Treinamento Operacional e um espaço a ser ocupado pelo serviço social da FAB voltado ao atendimento dos militares da ativa e também aos inativos e pensionistas da região. O projeto para a utilização das instalações do antigo aeroporto é da própria Aeronáutica e foi apresentado em uma audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, quando também foi debatido o melhor aproveitamento do Aeroporto Internacional Aluizio Alves, que no final de maio completa um ano de operação, envolto em muitas críticas e incertezas – na última quinta, 19, após ser citada na Operação Lava Jato e ver as receitas despencarem, a construtora Engevix afirmou ter colocado à venda a participação que detém no aeroporto. Presente à audiência, o superintendente do Aeroporto Internacional Aluizio Alves, Ibernon Martins Gomes, não quis comentar o assunto. Ele se ateve a  divulgar números do aeroporto para justificar sua importância para a economia do Estado e também ressaltou que em breve Natal contará com um voo direto e regular para a Argentina. 

Ibernon defendeu que o aeroporto não seja visto como “uma pedra para o RN”, mas uma porta de entrada. Segundo ele, desde o início da operação, o aeroporto já ganhou 110 mil passageiros novos. “Nossa área civil disponível é de 1.500 hectares, enquanto a do Augusto Severo era de 40 hectares. Hoje, o complexo, numa operação final, representa 70 milhões de passageiros ano, enquanto que no Augusto Severo nós tínhamos 5 milhões depois da reforma”. O superintendente do aeroporto de São Gonçalo afirmou que não se constrói um complexo aeroportuário dessa magnitude do dia pra noite. De acordo com ele, o RN tem hoje um complexo aeroportuário com capacidade operacional maior que o de Guarulhos, em São Paulo. “O que nós precisamos é trabalhar. Olhar no retrovisor não vai nos levar a nada, precisamos de algumas obras de infraestrutura sim, que são os acessos, mas que o Governo do Estado está provendo e proverá. Isso é o futuro, ninguém pode mais retroagir”.

Críticas
O discurso de Ibernon foi uma resposta ao deputado Carlos Augusto Maia (PT do B). Propositor da audiência pública, o parlamentar criticou o Aeroporto Internacional Aluizio Alves. “O avanço foi para trás. O que o Rio Grande do Norte ganhou até aqui com esse aeroporto? O que de diferente e de positivo nós tivemos com essa obra? Quem dos norte-rio-grandenses, à exceção de São Gonçalo do Amarante, está satisfeito com o funcionamento desse terminal no formato em que ele se encontra?”, questionou, emendando que os projetos de obras públicas devem servir e vir para facilitar as nossas vidas, não para criar transtornos. 

“O que se esperava desse projeto era aquilo que se anunciava, o que chamavam de aeroporto-cidade ou terminal de cargas ou Hub aeroviário internacional, ou seja, um grande projeto que viria com uma gama de novos negócios e serviços para a indústria, um projeto que teria infraestrutura em seu entorno, condições adequadas de acesso, com várias vias de estradas, vias expressas para chegar e sair sem dificuldade. E o que temos é apenas um terminal como outro qualquer, mal localizado, sem infraestrutura, sem serviços, sem vias de acesso e com problemas de segurança”, disse o deputado.

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