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sábado, 24 de outubro de 2015

Nilson Vargas: prevenção superou o estrago


Nilson Vargas: prevenção superou o estrago Jonathan Levinson/AFP

Fonte: Zero Hora 

"Estamos aliviados e orgulhosos", ouvia-se na transmissão ao vivo da CNN Español na madrugada de sexta para sábado. Não era uma autoridade do governo sendo entrevistada, mas o próprio repórter da emissora falando ao vivo de Guadalajara, capital do estado de Jalisco, porta de entrada do furacão Patricia no México. Ainda era cedo para avaliações definitivas, mas as palavras alívio e orgulho soavam como uma boa síntese.
Comparado às expectativas, o efeito do fenômeno nas suas primeiras horas era bem menos intenso. Ao tocar a terra – segundo o presidente mexicano Peña Nieto na cidade de La Huerta –, o Patricia produziu imagens de impacto na orla do Pacífico. Mas não fez automóveis voarem, não destruiu prédios, não inundou.
Se a chegada era inevitável, menos mal que ocorreu neste local, no sul de Jalisco, onde a população é menor. La Huerta tem 23 mil habitantes. Logo à frente, em direção ao norte, Puerto Vallarta tem mais de 200 mil, fora os muitos turistas. Ventos fortes, porém menos furiosos do que o previsto, combinados com um local de menor complexidade para o ingresso em terra, e estava justificado o alívio reportado pelo jornalista.
Mas e se os 23 mil moradores de La Huerta estivessem em casa? Não estavam, e aí entra o orgulho. Locais que entraram na mira haviam sido evacuados, e as pessoas se concentravam nas dezenas de abrigos públicos montados com várias horas de antecedência e dotados de infraestrutura e suprimentos. A sensação que ficou dos primeiros movimentos do furacão foi de que havia uma orquestração de autoridades e população para mitigar seus efeitos.
À noite, em mensagem por TV e internet, o presidente caprichou em seu olhar de ator de novela mexicana para agradecer a Exército, Marinha, setor privado, meios de comunicação, servidores públicos e cidadãos pelo empenho e serenidade no enfrentamento do Patricia. Alertou que ainda não é hora de "baixar a guarda", mas o maior furacão da história já tinha perdido muita força e sido rebaixado a tempestade de nível 1. Ainda produzia estragos, mas não a ponto de desfazer o alívio e ferir o orgulho dos mexicanos na batalha contra Patricia.

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