A mais recente crise migratória está a fazer aumentar a tensão entre a União Europeia e a Rússia, com Bruxelas e Moscovo a trocarem acusações.
O destacamento de milhares de militares polacos para a fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia levou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros a apelar aos 27 para evitarem a duplicidade de critérios na resolução da atual crise.
Sergey Lavrov defende que o bloco deveria ajudar financeiramente Minsk a lidar com os fluxos de refugiados, da mesma forma que outrora ajudou a Turquia.
Bruxelas não concorda, como sublinha a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson:
"Esta não é, antes de mais, uma crise migratória. Trata-se de uma agressão por parte de um regime desesperado e ilegítimo. A nossa resposta tem de estar de acordo com isso. É por isso que temos de fazer o nosso melhor para impedir que mais pessoas sejam atraídas para esta situação. "
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, é acusado de orquestrar, deliberadamente a atual crise trazendo para a Bielorrússia milhares de migrantes de países como a Síria, Iraque ou Irão. O objetivo será encaminhá-los para a União Europeia, através da sua fronteira.
Bruxelas diz que pretende alargar as sanções para além do regime autoritário e do seu líder. As companhias aéreas não comunitárias suspeitas de tráfico de migrantes para Minsk poderão sofrer sanções já a partir desta quarta-feira.
"Precisamos de sanções alargadas contra o regime bielorrusso e a presidente [da Comissão] disse, também, que estavam a explorar a possibilidade de introduzir sanções contra companhias aéreas de países terceiros envolvidas no tráfico de migrantes", refere a porta-voz da Comissão Europeia, Dana Spinant.
A Comissão Europeia não divulgou, ainda, a lista das companhias aéreas, mas a bielorrussa Belavia, propriedade do Estado, será com certeza uma das visadas.
Qualquer conflito direto com a Bielorrússia poderá, no entanto, envolver a aliada Rússia, que segundo a Polónia estará por detrás desta crise de migrantes nas fronteiras do bloco europeu.
EURO NEWS
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