O Teatro Tuschinski, em Amesterdão, acolheu a antestreia mundial de um filme que se pensava estar perdido para sempre, “A História da Guerra Civil”, uma obra de Dziga Vertov, de 1921, o mesmo ano em que o edifício Art Deco foi construído no centro da cidade neerlandesa.
Dziga Vertov, o mítico realizador da vanguarda soviética, autor de “Man with a film camera”, foi destacado no Festival Internacional de Documentário de Amesterdão, o maior ponto de encontro do mundo para os amantes e profissionais do cinema documental.
Recuperar a História perdida
O restaurador Nikolai Izvolov apresentou a versão perdida de “A História da Guerra Civil”, um filme sobre a guerra entre os bolcheviques e o exército branco antirrevolucionário.
"Este filme foi realizado há 100 anos e restaurado este ano, exatamente um século após a sua criação. É claro que muitos filmes do passado têm agora de ser restaurados e mesmo encontrados, porque perdemos cerca de 90% dos nossos filmes da era do silêncio. É por isso que nós, historiadores do cinema, trabalhamos na restauração destes filmes, apresentando-os por vezes ao público, e na verdade estamos felizes por este filme antigo ser um sucesso", afirma o responsável pelo restauro e historiador cinematográfico.
Os bilhetes da exibição esgotaram. O filme só existia em papel e tinha ficado disperso após uma única exibição, em 1921, para os 600 membros da Komintern, a III Internacional Comunista.
Trata-se de uma obra de propaganda bolchevique sobre como o Exército Vermelho esmagou de forma sangrenta as forças contrarrevolucionárias do Exército Branco.
O produtor Konstantin Grinberg-Vertogradsky, acredita que a nova vida da obra de Vertov vai dar uma oportunidade aos públicos contemporâneos de conhecer um pouco da história deste período e dos seus protagonistas.
EURO NEWS
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