Sob a presidência da França, o Conselho Europeu se reúne nesta quinta-feira (23) para se pronunciar sobre a candidatura da Ucrânia à União Europeia. Os líderes do bloco também vão debater os impactos da guerra à segurança alimentar no mundo. É sobre esses assuntos que vamos conversar com a nossa correspondente em Bruxelas, Leticia Fonseca-Sourander.
Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas
Esta é a primeira vez que a União Europeia abre as suas portas a um país em guerra. Após o sinal verde dos líderes, que deverá ser anunciado neste Conselho Europeu em Bruxelas, a Ucrânia ainda terá um longo caminho para percorrer antes de aderir ao bloco. Kiev terá que implementar uma série de reformas e medidas em relação ao combate à corrupção, lavagem de dinheiro e liberdade de imprensa até o final do ano.
“Sabemos que os ucranianos estão dispostos a morrer pela perspectiva europeia”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao recomendar a candidatura da Ucrânia, na semana passada. Apesar do parecer favorável da Comissão Europeia ainda há muito trabalho a fazer pelo governo de Kiev, como a modernização da administração pública e o reconhecimento dos direitos fundamentais das minorias.
Desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro, as receitas fiscais do país diminuiram mais de 80%, e o PIB caiu para metade. Segundo as estimativas do FMI, a Ucrânia precisa de US$ 5 bilhões de assistência financeira a cada mês só para manter o Estado funcionando.
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