Enquanto há temor com a investida da Receita Federal nas transações do Pix de R$ 5.000, o número de operações realizadas com a ferramenta de pagamento instantâneo foi o menor em 6 meses. Levantamento do Poder360 comparou as transações efetuadas de 1º a 14 de janeiro com os meses anteriores. Foram 2,29 bilhões de transações realizadas neste mês, o volume mais baixo desde julho de 2023. Janeiro interrompe 5 meses consecutivos de crescimento no número de operações no Pix.
O fato já era esperado, uma vez que, em dezembro, os brasileiros têm mais recursos com o 13º salário dos trabalhadores formais. O recorde de transações diárias foi em 20 de dezembro, o último dia para o pagamento por parte dos empregadores.
Pelo pagamento do 13º, era esperada uma queda em janeiro em relação a dezembro. Apesar disso, o volume de pagamento de 1º a 14 de janeiro também foi menor que em agosto, setembro, outubro e novembro.
Em comparação com dezembro de 2024, a queda em janeiro foi de 15,3%. Em janeiro de 2024, a queda havia sido de 11,0%. Em janeiro de 2024, foi 1,75 bilhão de operações. Na época, era o menor número desde outubro de 2022. O BC (Banco Central) disse ao Poder360 que a movimentação do Pix está dentro da variação sazonal de início de ano.
A última queda mensal de operações dos dias 1º a 14 foi em julho de 2024. Caiu de 2,28 bilhões de junho para 2,26 bilhões em julho o número de operações. O volume de recursos das operações somou R$ 919,2 bilhões de 1º a 14 de janeiro. Essa é a menor quantia desde agosto (R$ 919,1 bilhões). Em dezembro, quando houve o pagamento do 13º salário, somou R$ 1,124 trilhão nos 14 primeiros dias do mês. Em novembro, somou R$ 1,04 trilhão no mesmo intervalo de tempo.
A Receita Federal havia decidido que passaria a receber dados de operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, como varejistas de grande porte, bancos digitais e carteiras eletrônicas, incluindo transações via Pix. O mesmo já era feito por bancos tradicionais. Só movimentações mensais acima de R$ 5.000 para pessoas físicas ou R$ 15.000 para empresas serão informadas. Segundo o órgão, os dados seriam usados para identificar irregularidades e reforçar o cumprimento das leis tributárias. A medida foi revogada ontem.
O envio das informações seria realizado semestralmente por meio do sistema conhecido como e-Financeira, dentro do Sistema Público de Escrituração Digital da Receita Federal. Ao final de cada mês, “somam-se todos os valores que saíram da conta, inclusive saques e, se ultrapassado o limite de R$ 5.000 para uma pessoa física, ou de R$15.000 para uma pessoa jurídica”.
Tribuna do Norte
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