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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Surto de vírus na China traz alerta para autoridades



Foto: Arquivo/Agência Brasil

O metapneumovírus humano (hMPV), vírus respiratório que integra a família Pneumoviridae, voltou a chamar a atenção das autoridades de saúde. O surto atual, registrado na China, acendeu o alerta para o aumento de infecções respiratórias no país asiático, especialmente entre crianças. Embora a gravidade não tenha atingido proporções alarmantes, especialistas e o Ministério da Saúde recomendam atenção às medidas de prevenção e monitoramento no Brasil.

Descoberto em 2001, o hMPV é conhecido por causar sintomas gripais, como febre, tosse, coriza e obstrução nasal. De acordo com Gisele Borba, médica infectologista do Hospital Universitário Onofre Lopes, os casos mais graves podem evoluir para bronquite ou pneumonia, sobretudo em crianças pequenas e idosos. “O metapneumovírus é transmitido por contato com pacientes infectados, secreções respiratórias e objetos contaminados. O tratamento é sintomático, e não há vacina disponível no momento”, explica.

No Brasil, o hMPV é monitorado pelo Ministério da Saúde desde sua identificação no país em 2004. A vigilância inclui a análise de dados epidemiológicos e laboratoriais para detectar a circulação do vírus em diferentes regiões. De acordo com a infectologista, a evolução nos métodos diagnósticos tem contribuído para identificar casos graves de vírus respiratórios que antes eram subestimados. “A testagem mais frequente por RT-PCR tem nos permitido dar o diagnóstico mais preciso de infecções respiratórias, e temos identificado casos mais graves de vírus que costumávamos considerar mais benignos”, afirma.

O histórico recente de infecções respiratórias, como observado no inverno passado no Brasil, demonstra a capacidade do sistema de saúde em lidar com períodos de alta demanda, avalia a infectologista Gisele Borba. “Tivemos um número significativo de infecções respiratórias . Hoje, há experiência em priorizar leitos e aumentar a capacidade de atendimento se necessário”, pontua.

Por não existir tratamento específico disponível ou vacina para o hMPV, os cuidados relacionados ao vírus são direcionados aos sintomáticos.

Tribuna do Norte

 

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