Foto: Site CNN
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chanceler da Venezuela, Yván Gil, conversaram por telefone após o governo de Nicolás Maduro ter fechado a fronteira para uma série de exercícios militares na divisa com Pacaraima (RR), na quarta-feira (22).
O treinamento foi feito sem um aviso prévio ao governo brasileiro, de acordo com relatos à CNN. A praxe entre países vizinhos é um comunicado diplomático em qualquer operação na divisa entre os territórios.
Segundo a CNN apurou, o chanceler brasileiro, em viagem a Antígua e Barbuda, procurou o chanceler da Venezuela ainda na tarde de quarta-feira. Yván Gil prometeu averiguar o contexto do treinamento. Ainda não houve retorno.
O Itamaraty também procurou diretamente a embaixada da Venezuela em Brasília em busca de explicações.
A diplomacia brasileira, porém, tem evitado comentar o episódio até o esclarecimento total dos fatos considerados “importantes”.
Ao longo desta quinta-feira (23), integrantes do Ministério das Relações Exteriores e da Defesa discutiram a possibilidade de divulgar uma nota, o que acabou não ocorrendo.
Vídeos mostram veículos das forças especiais da Venezuela fazendo um retorno na divisa entre os países. Militares que atuam na região afirmam que a manobra em si não é um problema, já que é comum que veículos dos dois países usem a área para fazer um retorno.
O ponto central para o novo impasse, segundo fontes consultadas pela CNN, é justamente a falta de comunicação diplomática, o que pode indicar uma falta de confiança entre os dois países e mais um sinal do endurecimento das relações.
Do ponto de vista militar, porém, a cúpula do Exército minimizou qualquer ameaça e trata o episódio como “insignificante”, inclusive pelo baixo contingente das forças em treinamento.
A avaliação entre militares é que se trata de mais uma “provocação” de Maduro e uma “bravata” para inflamar o próprio público interno.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse à CNN que a situação na fronteira do Brasil com a Venezuela está sob controle. “Absolutamente”, garantiu.
CNN
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