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segunda-feira, 2 de março de 2015

Governo do Estado do RN terá que investir mais R$ 350 mil para planetário sair do papel


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fonte: jornal de hoje 

Há cinco anos o Governo do Estado investiu pouco mais de R$ 2 milhões na compra de um planetário – o mais moderno do Brasil na época – no entanto, ainda não há instalações adequadas para a implantação do projeto da Cidade da Ciência. Hoje, o equipamento nunca foi utilizado e as caixas que compõem o planetário estão guardadas em um galpão da Secretaria Estadual de Tributação. Para que o projeto saia do papel será necessário, pelo menos, o investimento de R$ 350 mil. Agora, a Governo do Estado e Prefeitura de Natal estão em negociação para que o planetário seja implantado no Parque da Cidade, uma vez que o local é que apresenta as melhores condições para receber o equipamento.
Se o projeto tivesse saído do papel em 2009, seria o planetário mais moderno do Brasil, e o primeiro com tecnologia digital do nordeste. A tecnologia digital permite além de viagens ao espaço, simulações em ambientes aquáticos e dentro do corpo humano, também é possível produzir vídeos. Uma planta de como devem ser as instalações do planetário foi elaborada pela Fapern, mas nunca houve licitação para a compra de terreno e contratação de construtora.
Na época, foi orçado em R$ 2 milhões e seria construído no terreno do centro administrativo do estado. O solo chegou a ser preparado para a obra, mas o trabalho parou porque no mesmo ano, a área foi cedida para a construção da Arena das Dunas. O novo local ainda não foi definido e, agora, o projeto vai ter que ser alterado. No papel e no orçamento. Além do valor investido na aquisição, o Governo terá que desenvolver um novo projeto de construção da sede do planetário. Em 2013, foi feito um projeto, orçado em R$ 2 milhões, para construir a sede na Cidade da Criança, mas o projeto sequer saiu do papel.
José Roberto de Vasconcelos Costa, membro da mesa diretora da Associação Brasileira de Planetários e que trabalhou como consultor técnico da Fundação de Apoio à Pesquisa no RN (FAPERN) nos últimos anos, explica que serão necessários mais U$ 125 mil dólares – o que corresponde a aproximadamente R$ 350 mil para atualizar a capacidade computacional do equipamento, considerado hibrido por misturar tecnologia ótica e digital. “Isso é necessário porque quando o planetário é instalado o fabricante instala o software mais moderno e avançado e não roda nas maquinas que foram adquiridas. Por isso, deveremos fazer esse upgrade”.
Na manhã desta quinta-feira (5), o consultor técnico José Roberto de Vasconcelos se reuniu com a nova equipe da Fapern, inclusive com a nova presidente, Tereza Neuma, para discutir a atual situação do planetário e reavaliar o lugar e o valor do projeto. Ele conta que as negociações entre Governo e Prefeitura ainda estão no início, mas adianta que o Parque da Cidade reúne condições adequadas, uma vez que dispõe de uma estrutura de estacionamento adequada para ônibus e carros, conta com uma estrutura administrativa organizada e a direção do Parque já sinalizou positivamente com a ida do Planetário para lá.
José Roberto conta que um técnico da fabricante Sky-Skan, dos Estados Unidos, realizou nova vistoria no final de 2013 constatando que o planetário está bem armazenado no novo local. “A nosso favor tem o fato dos equipamentos estarem nas embalagens originais”, avaliou. Segundo o consultor, a diferença entre um planetário analógico (ótico) de outro digital está na possibilidade do mais moderno permitir ‘viagens’ não apenas pelo espaço como também em ambientes subaquáticos e dentro do corpo humano. “Permite, inclusive, que possamos exibir nossos próprios filmes”, valoriza.
Quando à revitalização da Cidade da Criança foi iniciada, cogitou-se colocar todos os equipamentos da Cidade da Ciência no local, sem alterar a planta de instalações do planetário. Novamente o plano não deu certo. O equipamento precisa de uma cúpula de 12 metros para funcionar, e tem capacidade para 100 pessoas.
O primeiro e único planetário do Estado fica localizado no município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, e foi inaugurado em 30 de dezembro de 2008. Com tecnologia de ponta, o equipamento tem capacidade para 60 pessoas e funciona mediante agendamento. Hoje Fortaleza (CE), Parnamirim (RN), João Pessoa (PB), Olinda (PE), Aracaju (SE) e Feira de Santana (BA) são as cidades no nordeste que possuem planetários.

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